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Deputado guineense denuncia tentativa de rapto e pede protecção da CEDEAO


Polícia em Bissau (Foto de Arquivo)
Polícia em Bissau (Foto de Arquivo)

Marciano Indi, do partido do primeiro-ministro, aponta o dedo à Presidência e à Polícia de Intervenção Rápida (PIR),

O deputado e líder da bancada parlamentar da Assembleia do Povo Unido-Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB), Marciano Indi, diz ter escapado, na madrugada desta quarta-feira, 17, a uma tentativa de rapto, por parte de elementos da Polícia de Intervenção Rápida (PIR), em Safim, onde ele mora.

"Por volta da 0 hora, uma viatura da Presidência (da República) e da Polícia da Intervenção Rápida (PIR), com 12 homens, pararam em frente à minha casa e a minha salvação foi a comunidade local que está a me assegurar desde a denúncia da tentativa de sequestro", disse Marciano Indi.

Para Indi, as actuais autoridades guineenses não estão interessadas em garantir a segurança dele e pede a intervenção da comunidade internacional, em particular da CEDEAO, enquanto deputado do parlamento daquela organização da África Ocidental.

"Não acredito que as actuais autoridades vão me garantir a segurança, a não ser a comunidade internacional ou a CEDEAO, porque também sou deputado dessa organização sub-regional. Não é normal a forma como eles dirigiram para a minha casa. Como podem acompanhar a denúncia feita por um dos meus familiares em como há tentativa de me sequestrar de novo, eles queriam concretizar esse plano na noite passada", afirmou o deputado que pertence ao partido do primeiro-ministro Nuno Nabiam Gomes.

O parlamentar acusa ainda o Ministério do Interior e o Presidente da República, Úmaro Sissoco Embaló, de serem responsáveis pelos sucessivos raptos e espancamentos dos cidadãos no país.

A VOA contactou o Gabinete de Comunicação da Presidência de República que recusa comentar o assunto, enquanto o Ministério do Interior promete uma reacção para mais tarde.

A 22 de Maio de 2020, Marciano Indi foi raptado e espancado, por indivíduos em circunstâncias ainda desconhecidas.

Recorde-se que no dia 8 de Março o jornalista António Aly Silva foi sequestrado e espancado, enquanto o também jornalista Adão Ramalho escapou a uma tentativa de sequestro no dia 12, mas foi igualmente espancados.

Alhy Silva responsabilizou o Presidente da República pelo seu sequestro e espancamento, enquando testemunhas que assistiram ao ataque contra Ramalho apontaram o dedo a homens da segurança da Presidência.

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