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"Democracia e pluralismo estão sob assalto"; Moçambique vê piorar a situação - Freedom House


Jornalista Francisco Raiva agredido por polícia
Jornalista Francisco Raiva agredido por polícia

A organização não governamental Freedom House divulgou hoje um relatório no qual conclui que pelo 14.º ano consecutivo,o mundo vive um clima de diminuição dos direitos políticos e das liberdades civis, e que os regimes democráticos estão em risco.

No relatório deste ano, a organização diz que a "democracia e o plurismo estão sob assalto" e que a democracia está "órfã de liderança".

Moçambique é apontado como estando em declínio, apesar de continuar a integrar o grupo dos países parcialmente livres.

Nos últimos 10 anos, caiu 14 pontos e está num grupo com mais 28 países que também viram piorar o seu quadro de liberdade.

Embora continue no grupo dos países parcialmente livres, a Guiné-Bissau conheceu um bom desempenho, tendo subido quatro pontos.

Entre os países lusófonos, Angola é o único que está no grupo dos não livres, embora a Freedom House, tenha levado em conta a “dinâmica e os progressos registados após a mudança de liderança em 2017”.

No entanto, o relatório alerta que os progressos “abrandaram em 2019 e que "os resultados da agenda de reformas do Presidente João Lourenço, com ênfase na luta contra a corrupção, ainda não foram plenamente concretizados".

Cabo Verde é o melhor lusófono em África e tal como São Tomé e Príncipe continua no grupo dos países considerados livres, tal como Portugal e Brasil.

O documento Liberdade no Mundo 2020 explica que a democracia está a "ser atacada" a nível global e que os efeitos são progressivamente mais evidentes em países com regimes autoritários como a China, a Rússia e o Irão, mas também em países com um historial de defesa dos direitos e liberdades.

Mike Abramowitz, presidente da Freedom House, diz que os protestos que se multiplicaram em grande escala em 2019 são prova de que as pessoas se sentem cada vez mais descontentes com os regimes políticos em que vivem.

Dos 195 países avaliados, 63 são considerados parcialmente livres e 49 são regimes não livres.

Os países com melhores progressos e com maiores declínios encontram-se concentrados em África: Sudão, Madagáscar e Etiópia registaram fortes melhorias nos seus sistemas políticos, enquanto Benim, Moçambique e Tanzânia sofreram fortes revezes.

Também o processo democrático nos Estados Unidos está a ser ameaçado com as novas tendências evolutivas, segundo o relatório da Freedom House.

Dos 195 países avaliados, 43% são considerados "livres", 32% "parcialmente livres" e 25% "não livres".

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