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Defesa de Chang pede liberdade condicional, Procuradoria suspeita que ele possa fugir


Manuel Chang regressa ao tribunal a 31
Manuel Chang regressa ao tribunal a 31

Ministério Público sul-africano diz que PGR de Moçambique não pediu extradição, mas transferência do antigo ministro

A audição do caso da detenção de Manuel Chang na África do Sul foi retomada nesta quinta-feira, 24, no tribunal distrital de Kempton Park, em Joanesburgo.

A defesa, que tinha abandonado o pedido de caução para Chang aguardar o julgamento em liberdade condicional, voltou a introduzir a proposta, alegando que ele pode viver em Malalane, uma vila sul-africana que dista 45 quilómetros da fronteira com Moçambique.

Para a defesa, em Malalane o também deputado da Frelimo podia ser visitado pela família sempre que quisesse.

Entretanto, a Procuradora da República, Elivera Dreyer, refutou o pedido e disse que, estando emMalalane, Manuel Chang pode fugir para Mocambique, país com o qual os Estados Unidos não têm qualquer acordo de extradição.

Outro argumento apresentado pela defesa é que Chang sofre de diabetes e precisa de melhores cuidados, tendo o Ministério Público respondido que na cadeia de Modderbee, em Benoni, há condições para reclusos com problemas de diabetes, nomeadamente alimentação e prática de actividades desportivas.

A acusação apresentou o testemunho de uma enfermeira a confirmar as condições da prisão.

Nas alegações, o Ministério Público revelou que a Procuradoria-Geral da República (PGR) de Moçambique pediu a transferência e não a extradição de Chang e questionou por exemplo, o facto de as autoridades de Maputo não terem instaurado qualquer processo crime contra Manuel Chang até agora.

O Ministério Público concluiu que se Manuel Chang regressar a Moçambique, a justiça sul-africana nunca mais poderá julgá-lo.

A audição do pedido de caução prossegue na próxima quinta-feira, 31, e até lá Manuel Chang continua sob detenção na cadeia de Modderbee, em Joanesburgo.

Refira-se que no tribunal notou-se um reforço na segurança de Chang, que desta vez foi integrada por seis agentes da Polícia sul-africana altamente armados.

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