O Presidente angolano oficializou a sua retirada da corrida às eleições de Agosto, com a indicação de João Lourenço, para cabeça-de-lista do MPLA, após 38 anos no cargo.
Juristas e activistas defendem que Dos Santos deve prestar contas do seu longo mandato, mas o dirigente do MPLA Bento Kangamba afirma que tal pretensão é falta de carácter e de agradecimento.
Cidadãos divergem em relação à prestação ou não de contas por parte do Presidente José Eduardo dos Santos após 38 anos no poder.
Para o jurista Francisco Lumangu, “qualquer cidadão coerente e sensato no fim de um mandato deve prestar contas, ainda que seja apenas para a história registar”.
Lumangu afirma que “a prestação de contas não pode significar perseguição política a prestação não quer dizer que seja um julgamento do ponto de vista jurídico, significa apenas um rescaldo final, para um país sério”.
Por seu lado, o pesquisador Smity Chicote considera que não seria de bom-tom, tão logo Dos Santos abandone o poder, recair sobre ele qualquer perseguição política, “não pode haver qualquer caça às as bruxas”.
Para o activista Nuno Álvaro Dala, a prestação de contas de José Eduardo dos Santos devia ser apenas para a reconciliação e não para perseguição politica.
“Ele deve prestar contas mas que sem espírito de vingança porque tudo deve ser feito na prespectiva da reconciliação” sublinhou o activsita.
Entretanto, em resposta aos pedidos de prestação de contas, o secretário itinerário do MPLA, em Luanda, Bento dos Santos Kangamba, considera que quem exigir prestação de contas a Dos Santos está a revelar “falta de carácter e agradecimento”.
José Eduardo dos Santos não será candidato nas eleições de Agosto e anunciou que deixará a vida política activa no próximo ano