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Cruz Vermelha de Moçambique está falida


Américo Ubisse secretário-geral Cruz Vermelha Moçambique (Foto Francisco Júnior)
Américo Ubisse secretário-geral Cruz Vermelha Moçambique (Foto Francisco Júnior)

Dívidas de alguns milhões de dólares americanos.

Com os cofres vazios. Uma crise sem precendentes a abalar a Cruz Vermelha de Moçambique.

Tudo por causa de dívidas. Dívidas que o Secretário-Geral da Cruz Vermelha de Moçambique diz ter descoberto somente há escassos meses.

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Américo Ubisse está como Secretário-Geral da Cruz Vermelha de Moçambique desde Fevereiro de 2010. Quando assumiu o cargo, diz ter havido auditorias. Auditorias que, segundo ele, nada detectaram.

E foi somente este ano que ficou a saber que, afinal, a intituição não está de boa saúde; que havia dívidas.

Dívidas que resultam da aplicação de fundos destinados a projectos, para pagar salários de trabalhadores. Dívidas que, segundo o Secretário-Geral da Cruz Vermelha de Moçambique, começaram a ser materializadas depois das devastadoras cheias do ano 2000.

As dívidas existem, mas Américo Ubisse não revela os montantes. O Secretário-Geral da Cruz Vermelha confirma apenas que são alguns milhões de dólares americanos.

Fundada a 10 de Julho de 1981, a Cruz Vermelha de Moçambique é das principais instituições de socorro e apoio humanitário, existentes neste país.

A CVM está presente nas 11 capitais provinciais e em 110 dos 128 distritos de Moçambique. Tem cerca de 300 trabalhadores permanentes, mais de 70.0000 membros e 6.600 voluntários activos em todo o país.

Até agora, nunca havia tido problemas de liquidez.

Suportado quase na sua totalidade por fontes externas, o orçamento da Cruz Vermelha de Moçambique já chegou a ultrapassar os dez milhões de dólares americanos anuais.

Neste momento, e de acordo com o seu Secretário-Geral, a CVM está tão mal financeiramente que já começa a ter problemas até em pagar salários.

E, para tentar encontrar uma saída, para esta crise, Américo Ubisse está em contacto com os principais parceiros de cooperação da CVM, ao mesmo tempo que procura apoios, por parte do Estado.

Apoios que Américo Ubisse afirma serem indispensáveis para salvar uma instituição que tem um património e um capital humano imensurável e uma importância que, faz ver o Secretário-Geral da Cruz Vermelha de Moçambique, é vital, no contexto das acções de auxílio humanitário no país.
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