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Crítico de Putin envenenado; Kremlin afirma que acusação é "barulho vazio"


Alexeir Navalny líder da oposição russa (foto de arquivo)
Alexeir Navalny líder da oposição russa (foto de arquivo)

A Alemanha disse esta quarta-feira que os testes realizados em amostras retiradas do líder da oposição russa Alexei Navalny mostraram a presença do agente nervoso da era soviética Novichok.

Um laboratório militar alemão especial mostrou a prova da existência de "um agente químico nervoso do grupo Novichok", disse o porta-voz da chanceler Angela Merkel, Steffen Seibert, em comunicado.

Navalny adoeceu num vôo da Sibéria para Moscovo no dia 20 de agosto e, após um pouso de emergência, a princípio foi transportado para um hospital na cidade siberiana de Omsk antes de ser levado para tratamento e exames em um hospital de Berlim.

Navalny, de 44 anos, é um dos maiores críticos do presidente russo Vladimir Putin e um ativista anticorrupção.

O Kremlin negou as alegações de aliados de Navalny na Rússia de que as autoridades o envenenaram, chamando-o de "barulho vazio". Médicos russos que trataram de Navalny na Sibéria contestaram a conclusão do hospital alemão, dizendo que eles haviam descartado o envenenamento e que os testes que fizeram para substâncias tóxicas deram negativos.

Novichok é o mesmo agente nervoso que foi usado para envenenar o ex-espião russo Sergei Skripal e sua filha na Grã-Bretanha em 2018.

Seibert disse que o governo alemão irá informar a União Europeia e a NATO sobre os resultados do teste Navalny e consultá-los sobre “uma resposta conjunta apropriada”.

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