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COVID-19: Grupo parlamentar da UNITA confirma não ter ainda entregue doações dos deputados


Apoiante da UNITA, em comício do partido (Foto de Arquivod)
Apoiante da UNITA, em comício do partido (Foto de Arquivod)

A UNITA, na oposição em Angola, disse nesta segunda-feira, 15, que os seus deputados fizeram as contribuições de ajuda ao combate ao coronavírus prometidas em abril, mas que ainda não foram distribuídas.

A distribuição será anunciada amanhã, 16, revelou o primeiro vice-presidente da bancada parlamentar do partido Maurílio Luele, em reação a uma reportagem da VOA, em que analistas tinham expresso ceticismo à promessa feita pelos deputados do MPLA e da UNITA de contribuírem com 25% e 50%, respectivamente, dos seus salários de Abril para o combate à pandemia

Os analistas Ilídio Manuel e Rui Kandove questionaram a doação prometida pelos deputados e chegaram mesmo a classificar a mesma de um acto propagandista que visou ludibriar o eleitorado.

Frente à inexistência de um ato público de entrega ou da divulgação de informações sobre a mesma, a VOA contactou, na altura, os referidos partidos, cujos responsáveis não responderam às chamadas.

Agora a UNITA, na voz do primeiro vice-presidente da bancada parlamentar, Maurílio Luele, esclarece que os deputados “fizeram as contribuições por via de transferências bancárias, mas no entanto os valores ainda não foram distribuídos”.

O parlamentar esclareceu também que a contribuição será entregue à direção da UNITA que definirá quem serão os beneficiários.

A UNITA vai realizar amanha uma conferência de imprensa para anunciar quem vai beneficiar dessas doações, disse Luele.

Não conseguimos falar com a liderança do MPLA, apesar das muitas chamadas feitas ao seu porta-voz, Albino Carlos, porta-voz do MPLA, quem no início da campanha havia garantido que os seus deputados já estavam a contribuir.

Na referida reportagem, o jornalista Ilídio Manuel afirmou que o anúncio apenas valeu pela intenção porque não se consegue aferir o cumprimento da promessa.

O analista político Rui Kandove considerou que promessa não passou de um ato propagandista que visava ludibriar o eleitorado, por não existirem números nem relatórios que possam garantir a entrega dos valores prometidos.

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