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China prende empresário com ligações a Angola


Um governador também ligado aos negócios de petróleo com Angola está a ser investigado

Um proeminente bilionário chinês com ligações ao mais alto nível do Estado angolano foi preso na China.

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A notícia foi avançada pelo jornal chinês Caixin, que se dedica a questões económicas, e que diz estarem em causa negócios de centenas de milhões de dólares envolvendo a companhia estatal angolana de petróleo Sonangol e outra companhia a Sinopec, onde a Sonangol tem participação.

A mesma fonte diz que as autoridades prenderam Sam Pa como resultado de uma investigação sobre corrupção que se arrasta há vários meses.

Segundo noticias anteriormente publicadas, Sam Pa tem nacionalidade angolana e britânica e é conhecido também por vários outros nomes, como, por exemplo, António Sampo Menezes.

A sua prisão deu-se um dia depois dos meios de informação estatais chineses terem anunciado que o governador da província de Fujian e antigo presidente da companhia estatal chinesa Sinopec, Su Shulin, estava a ser investigado pela unidade anti corrupção do partido comunista por aquilo que foi descrito como suspeita de graves ofensas disciplinares.

O jornal Caixin revela ainda que as investigações a Su e a prisão de Pa estão relacionadas.

A Sinopec tem sido um parceiro na rede empresarial de Sam Pa conhecido pelo nomes de Grupo Queensway.

Em 2004, a Sinopec adquiriu direitos de exploração petrolífera ao largo da costa angolana com uma companhia de nome China Sonangol até então desconhecida.

Setenta por cento da China Sonangol pertence ao grupo Queensway e 30 por cento à Sonangol.

O jornal Financial Times, de Londres, cita nesta quinta-feira um advogado da China Sonangol, em Singapura, como tendo dito que a companhia não tem "projectos activos" com Sam Pa e que não tinha estado em contato com ele recentemente.

O advogado revela ter tentado contatar Sam Pa após notícias da sua detenção, mas sem sucesso.

De acordo com anteriores notícias investigadores na China e Hong Kong estavam a averiguar, entre outros assuntos, um contrato de construção em Angola de cinco mil milhões de dólares.

No que diz respeito ao petróleo, e segundo o jornal Caixin, as investigações visavam estimativas exageradas em mais do dobro das reservas reais de petróleo nos blocos em exploração em Angola.

Uma auditoria concluiu também que foi paga a uma filial da companhia uma quantia de mil 870 milhões de dólares por uma participação nos três blocos de exploração que valia menos de metade desse valor.

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