Os indivíduos envolvidos num caso de diplomacia global de reféns voltaram aos seus países de origem, Canadá e China, no sábado, 25, após serem libertados na sexta-feira.
Os canadianos Michael Spavor e Michael Kovrig foram recebidos pelo primeiro-ministro Justin Trudeau, após desembarcar em Calgary, Alberta, no início do sábado.
Eles foram detidos em 2018 na China, menos de duas semanas após a prisão da executiva da Huawei Meng Wanzhou no Canadá com um pedido de extradição dos EUA.
Os três foram detidos por mais de mil dias. O voo de Meng para a China pousou minutos depois de Spavor e Kovrig chegarem ao Canadá.
Antes da chegada de Meng, o seu retorno pendente era a principal notícia do dia na China Central Television, enquanto o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Zhao Lijian, publicou nas redes sociais uma reportagem sobre a sua partida do Canadá, que também incluía uma mensagem de boas vindas.
Numa conferência de imprensa organizada às pressas na sexta-feira, 24, Trudeau disse que, "nos últimos 1.000 dias", Spavor e Kovrig "mostraram força, perseverança, resiliência e graça".
Horas antes, Meng, que esteve em prisão domiciliar no Canadá, chegou a um acordo com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos, permitindo que ela voltasse para casa.
Os EUA a acusa de fraude nas suas transações com bancos em nome da Huawei.
O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, disse em comunicado que, tal como a comunidade internacional, o Governo dos EUA sauda “a decisão das autoridades da República Popular da China de libertar os cidadãos canadianos Michael Spavor e Michael Kovrig, após mais de dois anos e meio de detenção arbitrária.”
Kovrig, um ex-diplomata canadiano, trabalhou para o International Crisis Group, com sede em Bruxelas, que se descreve como “uma organização independente que trabalha para prevenir guerras e moldar políticas que construirão um mundo mais pacífico”.