O chanceller alemão Olaf Scholz disse hoje, domingo, que o seu governo está a seguir com preocupação a onda de distúrbios em França.
Scholz disse no entanto estar convencido que o presidente francês irá acalmar a situação.
O presidente francês Emmanuel Macron adiou uma visita estatal à Alemanha devido aos distúrbios que têm estado a ocorrer em várias cidades francesas, na sequência da morte de um adolescente de descendência norte-africana morto a tiro pela polícia.
Desde então manifestantes têm-se concentrado durante a noite incendiando carros, pilhado lojas e escolas e atacando também edificios do governo e esquadras da polícia.
A morte do jovem Nahel confirmou para muitos as alegações e queixas de violência policial e racismo contra as minorias em França, principalmente em subúrbios de baixo rendimento e de grande presença de minorias raciais em redor das principais cidads do país.
Ontem mais de 700 pessoas foram presas em distúrbios e cerca de 45.000 agentes da polícia estiveram nas ruas de várias cidades para tentarem controlar a situação.
As autoridades disseram que as manifestaçoes de sábado à noite foram menos intensas que nas quatro noites anteriores. Os maiores confrontos deram-se na cidade de Marselha, onde a polícia esteve envolvida en confrontos de rua com grupos de jovens no centro da cidade .
Nos arredores de Paris manifestantes atacaram com um carro em chamas a casa de um dirigente de uma câmara municipal num dos subúrbios da cidade e lançaram foguetes contra a sua mulher e crianças.
Vincent JeanBrun de 39 anos de idade, presidente da câmara do suburbio de Lhay-les Roses, estava no seu escritório quando a sua casa, onde se encontrava a sua mulher e filhos de 5 e 7 anos de idade, foi atacada.
A mulher teve que ser submetida a uma operação cirúrgica por ter partido uma perna durante o ataque. Uma das crianças foi ferida.
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