A polícia russa prendeu mais de 600 pessoas, neste sábado, 27, que protestavam em Moscovo contra a exclusão de candidatos da oposição na votação local de Setembro.
OVD-Info, um grupo independente de monitoria política, disse que 638 pessoas, incluindo proeminentes activistas, foram detidas em confrontos entre a polícia e manifestantes perto do gabinete do presidente da Câmara de Moscovo.
A polícia disse que mais de 295 pessoas foram presas, mas não divulgou imediatamente um número final.
O líder da oposição, Alexei Navalny, foi preso no início desta semana, por ter convocado o protesto destinado a persuadir as autoridades no sentido de serem permitidos candidatos da oposição nas eleições municipais de Moscovo, a 8 de Setembro.
Vários outros líderes da oposição foram presos antes do protesto de sábado, incluindo Ilya Yashin, Dmitry Gudkov e Ivan Zhdanov.
Cerca de 3.500 pessoas participaram do protesto de sábado, que foi declarado ilegal de antemão. Na semana passada 22.000 fizeram protesto semelhante em Moscovo.
A polícia invadiu o estúdio de vídeo de Navalny, numa altura em que transmitia o protesto pelo YouTube e prendeu o líder do programa, Vladimir Milonov.
A polícia vasculhou a estação de televisão de internet Dozhd, que também cobria o protesto, e ordenou que a editora-chefe, Alexandra Perepelova, fosse interrogada pelas autoridades.
As autoridades eleitorais impediram que alguns candidatos da oposição concorressem, supostamente por não terem assinaturas suficientes nas suas petições.
O conselho da cidade de Moscou, que tem 45 assentos, é controlado pelo partido pró-Kremlin, Rússia Unida. Todos os assentos estão em disputa no dia 8 de Setembro.
Os protestos e prisões acontecem numa altura em que é registado um declínio dos padrões de vida e queda dos índices de aprovação do presidente Vladimir Putin.