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CEAST pede Governo competente e lisura nas eleições


Bispos da CEASP em conferência de imprensa
Bispos da CEASP em conferência de imprensa

Igreja Católica envia recados à oposição e opõe-se à governação só para determinada elite

Os bispos católicos consideram que Angola precisa de um Governo competente e inclusivo, com acções que beneficiem mais do que uma elite de privilegiados.

Esta posição foi manifestada nesta quinta-feira, 30, em Benguela, no termo da 1ª Assembleia Anual da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé (CEAST), que solicitou eleições livres e transparentes.

O prelado católico considera que o equilíbrio na distribuição do bem comum passa, para lá da necessidade de um Governo competente, pela existência de uma oposição à altura.

“Angola precisa que quem governa seja competente e governe não apenas para quem o elegeu e, pior ainda, para uma elite de privilegiados. As eleições são o instrumento que permitirá ao povo escolher os seus representantes e o projecto político que quer ver implementado’’, sublinhou Dom Dionísio Essilenapo, bispo do Namibe..

A Igreja Católica, segundo Essilenapo, não se identifica com sistemas políticos nem faz fretes a favor de candidatos eleitorais.

Esta é uma prática que gostava de ver implantada nos órgãos de comunicação social “sobretudo os estatais, que têm sido excessivamente unilaterais e tendenciosos”.

“Para a sua credibilidade, devem desempenhar o seu papel com rigor e isenção, garantindo o acesso à informação sobre os diferentes candidatos e programas políticos’’, acrescenta o bispo.

Por seu lado, o presidente da CEAST e arcebispo de Luanda, Dom Filomeno do Nascimento Vieira Dias, solicitou aos organizadores das eleições medidas que contraponham o espectro de cepticismo e desconfiança

“Isto passa por lisura e transparência, pelo diálogo com todos e por esclarecimentos, em público, de todas as questões colocadas pelos diversos actores. Não podemos negar que diversas forças políticas manifestam preocupação, pelo que nós, em instâncias próprias, pedimos seriedade, pelo menos em relação ao registo’’, concluiu Dom Filomeno do Nascimento Vieira Dias.

A Conferência Episcopal de Angola e São Tomé manifesta também a suapreocupação face ao que chama de “desencanto da população” em relação ao processo de actualização do registo eleitoral, que decorreu durante vários meses.

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