O estado brasileiro do Ceará continua a enfrentar uma onda de ataques coordenada por organizações criminosas que ocorre desde a Quarta-feira passada mesmo após a chegada da Força Nacional. Os ataques são uma reação de membros de facções criminosas à proposta do governo estadual do Ceará de tornar mais rigoroso o controle da entrada de celulares dos presídios.
A crise na região foi o primeiro desafio relacionado à segurança pública para a equipa do recém-empossado presidente Jair Bolsonaro (PSL). Também mostrou-se como o primeiro desafio de articulação política, já que o estado é governado pelo petista Camilo Santana (PT), do partido adversário de Bolsonaro.
Depois de ter autorizado o envio de 300 agentes da Força Nacional na sexta (6), o Ministro da Justiça, Sergio Moro, reforçou o número com mais 200 agentes na segunda-feira (7), com um total de 500 agentes até agora.
O governo do estado vizinho da Bahia enviou ainda, no fim de semana, um efetivo de 100 policiais militares do estado para o Ceará para ajudar a conter a crise. Piauí, Pernambuco e Santa Catarina também enviarão agentes para reforçar a segurança.
Os criminosos fizeram mais de 150 ataques a prédios públicos, estabelecimentos comerciais, veículos e equipamentos de segurança. Em um dos ataques, eles chegaram até a explodir a coluna de um viaduto na cidade de Caucaia.
Segundo boletim publicado nesta Terça-feira (8) pela Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) do Ceará, subiu para 168 o número de pessoas presas supostamente envolvidas nos ataques, sendo 143 adultos e 25 adolescentes.
*Com informações da Agência Brasil