Os casos do vírus zika registados no Brasil caíram 87 por cento entre Fevereiro e Maio deste ano, de acordo com dados apresentados pelo ministro da Saúde, Ricardo Barros, nesta sexta-feira, 10.
Para Barros, o risco de transmissão das doenças pelo mosquito Aedes Aegypti no Brasil no período dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos é mínimo.
O pico de maior incidência de notificações da doença foi registado na terceira semana de Fevereiro, com 16.059 casos.
Na primeira semana de Maio, os números caíram para 2.053.
Estes dados reforçam, segundo o ministro que as acções de combate ao mosquito Aedes Aegypti, têm surtido efeito, além de demonstrar um comportamento diferente do habitual neste ano.
Em 2016, o declínio de casos começou antes do previsto, uma vez que historicamente o pico das doenças transmitidas pelo Aedes Aegypti acontece em abril.
“De acordo com estudo divulgado pela Universidade de Cambridge, a expectativa é de menos de um caso de infecção entre os 500 mil turistas que devem chegar para as Olimpíadas. O risco de zika é mínimo, principalmente pelas condições climáticas da época e pela mobilização no combate ao mosquito aqui no Rio de Janeiro”, destacou o ministro Ricardo Barros.
O governante afrmou ainda que o Rio de Janeiro terá um reforço de 2.500 profissionais da área da saúde e todos os atletas sob a responsabilidade do Comité Olímpico terão repelentes, roupas específicas e materiais necessários.
“Assim como na Copa do Mundo e na Jornada Mundial da Juventude, temos certeza que a cortesia do povo e a qualidade da realização de megaeventos estão garantidas para os jogos Olímpicos”, completou.
Nas cidades onde haverá jogos Olímpicos e Paralímpicos os números apresentam comportamento semelhante ao nacional, com o pico da doença entre Fevereiro e queda expressiva nos meses seguintes.
O município do Rio de Janeiro, por exemplo, teve o maior registro de casos na terceira semana de Fevereiro, com 2.116 casos.