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Caso São Vicente: PGR confia na recuperação do dinheiro e admite ouvir personalidades da Sonangol


Carlos Sao Vicente, empresário angolano
Carlos Sao Vicente, empresário angolano

A Procuradoria Geral da República (PGR) de Angola assegura que tudo está a fazer para recuperar os 900 milhões de dólares congelados na conta do empresário Carlos Sao Vicente, antigo presidente da seguradora AAA, na Suíca, e assegura que mais pessoas poderão ser ouvidas no caso que envolve o marido de Irene Neto, filha do primeiro Presidente angolano.

Procuradoria investiga ligações a São Vicente – 1:43
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São Vicente está em prisão preventiva na cadeia de Viana desde ontem, 23, depois de ter sido ouvido por mais de nove horas.

Em entrevista à VOA, o porta-voz da PGR, Alvaro João, assegura que outras individualidades ligadas ou não à Sonangol deverão ser ouvidas, mas devido ao segredo de justiça os nomes não podem ser revelados.

"Neste momento estamos a procurar concluir o processo, o mais rápido possível, ouvindo outros intervenientes, outras pessoas que eventualmente venham a ser notificadas e reunir provas necessárias para a introdução (do mesmo) em tribunal”, explica João, acrescentando que a PGR está também a fazer uma investigação ao património dos envolvidos.

Questionado sobre a recuperação do dinheiro no exterior, Álvaro João lembra que não “vai ser a primeira vez que recuperamos valores na Suíça e que depois serviram ao país para a construção de escolas”.

O porta-voz revela que para despoletar o caso na Suíca, “foi preciso que a
PGR tomasse alguma iniciativa, no âmbito da cooperação internacional que existe, por isso o processo de congelamento” das contas de São Vicente naquele país europeu.

“Agora para manter os valores congelados, eles têm a garantia da existência de processos cá e só depois de resolvidos os processos aqui é que os valores poderão ser soltos ou não”, acrescenta Álvaro João, que acredita que uma sentença judicial no país vai permitir “trazer esses valores para Angola".

Recorde-se que a esposa de São Vicente, Irene Neto, também teve as contas congeladas em Angola e a PGR enviou cartas rogatórias às suas congéneres em Portugal e Luxemburgo a pedio congelamento de bens e contas dela naqueles países.

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