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Camponeses aguardam por terra de substituição em Palma


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Administrador do distrito diz que "não se pode reassentar famílias sem atribuir terra de substituição para agricultura"

Os camponeses que estão abrangidos pela fase zero do processo de reassentamento em curso em Palma aguardam pela indicação da terra de substituição para que possam continuar a sua actividade Agrícola.

Camponeses aguardam por Terra de substituição em Palma
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O projecto de reassentamento em Palma para dar lugar a exploração de gás prevê a restauração dos meios de subsistência, através de atribuição de novas áreas aos agregados familiares que tinham as suas machambas em Quitunda.

Nesta altura que decorre a fase inicial da compensação financeira, estes agregados ainda não têm certeza do local onde irão continuar as suas actividades agrícolas.

"Ainda não conhecemos as novas machambas. Continuamos a reclamar junto da companhia para que nos apresente a nova área", disse o camponês de Quitunda, Andurabe Issa.

O Centro Terra Viva (CTV) confirma estas inquietações, numa altura em que os camponeses começaram a receber compensações financeiras.

O facto de tal processo acontecer antes de terem onde cultivar, diz Manuel Passar, pode implicar que esse dinheiro não vai ficar nas mãos deles".

O administrador de Palma, David Machimbuko, diz que será observado o previsto na Lei para o caso dos camponeses de Quitunda, que em breve cerca de um hectaree meio para a prática da agricultura.

"Não se pode reassentar famílias sem atribuir terra de substituição para agricultura", sublinha Machimbuko.

A Anadarkogarante que já decorre em Senga e Monjane o processo de loteamento das novas machambas, bem como a planificação detalhada da nova área agrícola, através de empresas contratadas para o devido efeito.

"A componente em espécie inclui as árvores de substituição, que elas vão receber em adição ao dinheiro, cada família recebe duas mudas para cada árvore perdida ", diz Ivo Lourenço, Gestor de Reassentamento na Anadarko.

O projecto de exploração de gás em Palma irá ocupar uma área de sete mil e quinhentos hectares e obrigar a movimentação de 556 agregados familiares e deslocamento económico de 952 agregados familiares, entre agricultores e pescadores.

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