Cabo Verde está entre os países que vão receber as 55 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19, de um total de 80 milhões a serem entregues em todo o mundo pela Administração Biden.
Em nota, a Casa Branca anunciou nesta segunda-feira, 21, que 75 por cento dessas vacinas serão enviadas a países de África, com 10 milhões, América Latina e Caribe, 14 milhões, e Ásia, 16 milhões.
Os restantes 14 milhões de doses destinam-se a "prioridades regionais" e têm por destino Colômbia, Haiti, Afeganistão, Iraque, Ucrânia, África do Sul, Cisjordânia e Gaza.
O primeiro-ministro de Cabo Verde confirmou na sua página no Facebook ter recebido a “notícia da Administração americana que Cabo Verde foi incluído na lista dos países, um dos sete países africanos, que vão receber os donativos de vacinas dos EUA”.
"Aproveito para agradecer ao Governo americano, em especial ao Presidente Joe Biden e todos os outros envolvidos neste processo, incluíndo a nossa diáspora nos EUA”, escreveu Ulisses Correia e Silva, acrescentando que essa doação “vai nos ajudar a alcançar o nosso objectivo em vacinar 70% da população até final do ano".
Os restantes países africanos beneficiados são Egipto, Tunísia, Nigéria, Gana, África do Sul e Quénia.
O total de doses por países não foi revelado.
O Brasil também vai beneficiar-se das vacinas, através do consórcio Covax.
A secretária de imprensa da Casa Branca disse que o país “tem muitos suprimentos para entregar as 80 milhões de doses", mas Jen Psaki acrescentou que o maior desafio é a logística, "o facto de que não há um manual para levar as doses todos os países."
Há duas semanas, na cimeira do G7, o Presidente Joe Biden anunciou que a sua Administração vai comprar 500 milhões de doses de vacinas Pfizer que serão distribuídas a uma centena de países até meados de 2022.
Num comunicado, a Casa Branca reiterou que os Estados Unidos "não usarão as vacinas para garantir favores de outros países" e que os seus planos incluem o aumento da cobertura da vacinação a nível global, preparação para eventuais pandemias e ajuda aos "nossos vizinhos e outros países necessitados".