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Cabinda: Forças angolanas entram em países vizinhos em perseguição de separatistas, diz deputado da UNITA


Guerrilheiros da FLEC
Guerrilheiros da FLEC

As Forças Armadas Angolanas (FAA) têm estado envolvidas em operações contra guerrilheiros separatistas em Cabinda e em alguns casos ultrapassaram as fronteiras para os paises vizinhos, confirmou o deputado da UNITA, Raúl Tati.

“Há incursões das Forças Armadas Angolanas no encalço das bolsas de guerrilhas ainda resistentes”, acrescentou Tati, lembrando que "essas incursões não são só nas áreas tradicionais da guerrilha mas ultrapassam até as nossas fronteiras”, acrescentou.

As declarações deo deputado, natural de Cabinda, confirmam assim informações recentes de um recrudescer de combates em certas zonas de Cabinda e que as FAA teriam atravessado as fronteiras com a República do Congo e República Democrática do Congo no encalço dos separatistas.

Há uma semana, por exemplo, as Forças Armadas de Cabinda, ligadas à FLEC disseram que 11 pessoas tinham morrido em combates.

Não houve reação por parte do Govenro.

Raúl Tati afirmou que o conflito tende a “perpetuar-se” e acrecentou que o Presidente João Lourenço não demonstra “vontade nenhuma” em reconhecer “a existência do problema”

“Enquanto não se reconhecer a existência do problema não se pode resolver o problema porque não se pode resolver o que não existe”, sulbinhou o deputado da oposição.

No fim de semana o Serviço de Investigação Criminal (SIC), de Angola, deteve o presidente e o vice-presidente da União para Independência de Cabinda, Maurício Gimbe e André Bonzela.

Eles foram detidos, segundo o advogado Bula Tempo, na rua, alegadamente, por terem colado panfletos com dizeres que apelavam para o fim da guerra em Cabinda.

Maurício Gimbi é fundador e presidente do Movimento Independentista de Cabinda (MIC) e responde por diversos processos-crimes em que é acusado de ultraje ao estado angolano.

Ele foi recentemente posto em Liberdade, mas aguarda por julgamentos por ter organizado uma marcha para protestar contra o que considera “colonização angolana em Cabinda”.

O activista líder da Associaçãoo para Desenvovimento, Cultura e
Direitos Humanos de Cabinda, Alexandre Kuanga Nsitu confirmou que há acçoes das forças armadas angolanas não só em Cabinda mas nos países vizinhos.

As acções militares das forças governamentais “em Cabinda e nos dois Congos, no encalce das Forças da FLEC FAC está a provocar mortes não só de militares com os civis”, disse

O activista disse que as forças governamentais “proibem as pessoas de irem às lavras, intimidam as pesssoas é um ambiente de terror".

"Faço um apelo à comunidade internacional e nacional que tenham mais sensibilidade para com as pessoas que estão a morrer em Cabinda”, disse Nsitu

“Em pleno século 21 já ninguém quer luta e mortes por guerra, precisamos é evoluir, e é por isso queAngola nao evolui", acrescentou
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