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FLEC-FAC pede mediação internacional sobre Cabinda e revela mais 11 mortos em combates


Guerrilheiros da FLEC-FAC (Foto de Aquivo)
Guerrilheiros da FLEC-FAC (Foto de Aquivo)

Onze pessoas morreram em combates entre as Forças Armadas de Cabinda (FAC) e soldados das Forças Armadas Angolanas (FAA) nos dias 19 e 20 na aldeia de Mbata-Mbengi, na fronteira entre a província angolana de Cabinda e a República Democrática do Congo, revela um comunicado divulgado nesta segunda-feira, 22, por aquela organização que luta pela independência do enclave.

O comunicado assinado pelo porta-voz do Estado-Maior-General das FAC, António do Rosário Luciano, pede uma mediação internacional do conflito, mas o Governo angolano não reagiu ainda.

A nota revela que seis civis e um membro das FAC foram abatidos pelas FAA e quatro soldados angolanos foram mortos pelos separatistas.

Há ainda três soldados do exército angolano seriamente feridos e três das FAC também feridos.

“Enquanto lutamos contra o coronavírus, o exército angolano intensifica as suas operações militares no território de Cabinda contra as nossas posições, embora tenhamos decretado um cessar-fogo unilateral, após o apelo do secretário-geral da ONU, António Guterres”, continua a comunicado que acusa os soldados angolanos de espalharem “terror nas aldeias fronteiriças de Cabinda”.

A FLEC-FAC diz que “política belicista e agressiva do Governo angolano ameaça a segurança dos dois Congos, vizinhos de Cabinda", e apela “à Conferência Internacional da Região dos Grandes Lagos (CIRGL), à Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) e aos governos dos dois Congos a encontrarem uma solução pacífica para o conflito militar entre Angola e Cabinda”.

A nota reitera que “Cabinda é um território invadido, agredido e ocupado militarmente por Angola desde 1975”.

O Governo angolano não fez nenhum comentário às revelações da FLEC-FAC, nem a combates revelados pelo movimento separatista há duas semanas.

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