O Banco de Poupança e Crédito (BPC) suspendeu o vínculo laboral com 65 jovens estagiários colocados na província angolana de Benguela, pertencente à região Centro/Sul, devido a suspeitas de fraude no processo de admissão.
Só depois de denúncias que apontavam para indícios de exclusão, feitas sobretudo nas redes sociais, é que se soube que o BPC estava a promover um concurso público.
Agora, passados quatro meses, o Conselho de Administração do maior banco público, liderado por Cristina Van-Dunem, decide mandar para casa todos os estagiários, devendo chamar os legais quando estiver concluída a investigação.
A fraude terá empurrado para o BPC mais de 15 jovens, que vinham recebendo salários, à semelhança dos demais.
A VOA procurou ouvir a direcção regional, mas o banco tinha as portas fechadas no segundo dia do novo ano.
O director provincial do Ministério da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social, Jorge Dambi, disse que o seu pelouro esteve à margem do processo de admissões.
Cá fora, a seguir o rumo dos acontecimentos, o jurista Chipilika Eduardo refere que se trata de um procedimento normal e sublinha que os prevaricadores podem ser responsabilizados criminalmente
“Se há fraude, o inquérito deverá dizer quem são as pessoas, em que circunstâncias cometeram e quais as suas responsabilidades. Que seja, esperamos, uma investigação isenta e imparcial, até porque alguns entraram de forma lícita’’, salienta o jurista, advertindo que pode haver responsabilização disciplinar, civil e criminal.
Não se sabe até quando decorrerá esta investigação por suspeitas de fraude no Banco de Poupança e Crédito.