Há dois dias a VOA reportou a partir de Malanje reivindicações que davam conta de "discriminação" por parte da empresa Biocom em relação aos trabalhadores locais e aos trabalhadores expatriados brasileiros na província.
Segundo fontes contactadas pela VOA e que trabalham para a Companhia de Bioenergia de Angola Limitada - BIOCOM no município de Cacuso, em Malanje, "a política de trabalho vigente [da empresa] valoriza exclusivamente os colegas expatriados, afirmação que a empresa brasileira refuta.
Nas palavras do ex-funcionário, Edmar Félix, “eles não cumprem com o que dizem e não respeitam a mão-de-obra angolana, só valorizam os estrangeiros” e que na sua categoria recebia ganhava 30 mil Kwanzas, motivo pelo qual abandonou o posto de trabalho.
A BIOCOM enviou à VOA uma nota de esclarecimento negando as alegações de discriminação, bem como a explicar que o ex-funcionário citado havia sido contratado na função de auxiliar de manutenção de equipamentos e não como técnico médio de máquinas, como Edmar Félix contou na reportagem, o que, segundo a nota, coloca Félix "num salário base de 31,174,00 AOA) estava de acordo com a função por ele exercida onde não é exigida nenhuma qualificação/ experiência".
Entre outros pontos, a nota explica ainda que Edmar Félix alegou motivos pessoais quando se desvinculou da empresa.
Na nota da BIOCOM enviada à Voz da América, há também referência ao respeito pelo código do Trabalho de Angola e à existência de um código de conduta da empresa.
Pode ler a nota na íntegra aqui