O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o o seu homólogo da Rússia, Vladimir Putin, encontram-se no dia 16 de Junho em Genebra, na primeira viagem do líder americano ao exterior, para participar em cimeiras com parceiros na Europa..
O encontro foi confirmado nesta terça-feira, 25, pela Casa Branca e o Kremlin e acontece num momento de alta tensão entre os dois países, devido especialmente à interferência da Rússia no processo eleitoral nos Estados Unidos, ao ataque cibernético a agências federais e empresas americanas, às ameaças de Moscovo contra a Ucrânia e a repressão contra Alexei Navalny e seus apoiantes.
"Os líderes discutirão toda a gama de assuntos urgentes, enquanto procuramos restaurar a previsibilidade e a estabilidade da relação entre Estados Unidos e Rússia", disse a secretária de imprensa da Casa Branca, Jen Psaki.
Por seu lado, o Kremlin afirmou que Biden e Putin discutirão "questões de estabilidade estratégica", assim como "a resolução de conflitos regionais" e a pandemia de Covid-19.
Joe Biden irá a Genebra imediatamente após as cimeiras com seus aliados ocidentais do G7, da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) e da União Europeia.
Durante a campanha eleitoral de 2020, Biden descreveu a Rússia como a "maior ameaça" para a segurança e as alianças dos EUA e menosprezou o relacionamento amigável entre o seu antecessor Donald Trump e Putin.
No seu primeiro discurso aos diplomatas e funcionários do Departamento de Estado, o Presidente revelou ter sido duro com Putin na sua primeira conversa telefônica.
“Fui claro para o Presidente Putin, de uma maneira muito diferente do meu antecessor, que os dias dos Estados Unidos ficarem impávidos ante às acções agressivas da Rússia - interferir na nossa eleição, ataques cibernéticos, envenenar nossos cidadãos - acabaram”, afirmou Biden.
O seu Governo expulsou diplomatas e impos sanções a várias personalidades próximas de Putin e instituições da Rússia pelo seu envolvimento em questões de segurança nos Estados Unidos.