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Benguela: Avaria atrasa testes de Covid-19 em várias províncias


Laboratório de Virologia Molecular, Benguela, Angola
Laboratório de Virologia Molecular, Benguela, Angola

Uma avaria no laboratório de Virologia Molelucar em Benguela é a causa de atrasos nos testes à Covid-19 feitos em várias províncias.

Como a VOA noticiou na terça-feira, 29, os atrasos provocaram a irritação das autoriades sanitárias da província do Namibe, forçando-as manterem sob quarentena dezenas de pessoas.

Benguela: Avaria baixa testes à Covid-19 e deixa ‘’penduradas’’ várias províncias - 2:06
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O laboratório pretendia aumentar a capacidade para 500 testes por dia, mas uma avaria técnica baixou drásticamente o processamento, deixando em espera várias províncias.

Em situação normal, a unidade inaugurada no Hospital Geral de Benguela, há dois meses, processa 270 amostras por dia, mas esta capacidade baixou para cinquenta.

À VOA, o diretor do Gabinete Provincial de Saúde e membro da Comissão Multissectorial de Combate à Covid-19, António Manuel Cabinda, realça que é preciso definir prioridades face a um cenário de colapso.

"Não é só o Namibe, temos amostras do Huambo, Huíla, Kuando Kubango e Bié”, reconheceu.

“Só para ter uma ideia, chegamos a receber duas mil amostras num único dia, por isso discutimos a modalidade terapêutica para ver as prioridades’’,acrescentou Cabinda, exemplificando que ‘’alguns tinham casos de óbitos, com corpos por enterrar”.

“Estamos a fazer um esforço", sublinhou direotor, quanto técnicos de Luanda são esperados em Benguela para a solução de um problema que leva já cinco dias.

Entretanto, o diretor da Associação Angolana de Saúde Mental, o psicólogo clínico João Caratão, sublinha que a falta de testes pode estar a esconder casos positivos e avança com o exemplo da capital do país.

Caratão disse que no Namibe, até agora sem casos de Covid-19, podem existir casos assimtomáticos e daí a imortância dos testes.

"Agora, não havendo testagem, nunca saberemos, tal como aconteceu em Luanda’’, onde ”começaram os testes em massa e foram encontradas muitas pessoas infectadas, algumas até já tinham resolvido a infecção”, completou, daí "a possibilidade de não existirem casos no Namibe ser muito baixa’’.

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