O vice-presidente da UNITA refuta a tese de que a luta por eleições transparentes, agora com a pressão sobre a Comissão Nacional Eleitoral (CNE), afasta a oposição da corrida à caça ao voto por via de programas de governo credíveis.
As declarações de Raul Danda à VOA contrariam posições de alguns observadores do cenário político angolano.
Um dia após o encontro com a CNE sobre a contratação de empresas apontadas como tendo arquitectado fraudes nos últimos pleitos, Danda refere que a oposição não deve ser forçada a ir a um jogo sem regras claras.
“Sabemos que há pessoas que dizem ser analistas independentes com a agenda do MPLA. Não se pode forçar os partidos políticos, que têm, aliás, cronogramas de actividade. Não podemos ir a jogo só porque alguém calçou já as botas, temos de ter certeza da lisura e da transparência’’, responde o vice-presidente do segundo maior partido que, no entanto, diz acreditar na sensibilidade da CNE.
Danda ressaltou queo presidente do órgão, Silva Neto, mostrou alguma abertura
“Esperamos que ele esteja a falar de boa fé, até porque o Estado é um ente de bem. Queremos correcções, isto para que tenhamos empresas e contratos sérios, tudo ajustado à lei’’, acrescenta Raúl Danda, que prefere dar o ‘’benefício da dúvida, pensando que se trata de erro e não de algo propositado’’.