Apesar das previsões apontarem para um crescimento económico de Moçambique acima da média dos países da África Sub-sahariana, em 2014, o Banco Mundial (BM) considera que o país “permanece vulnerável” a riscos ligados ao valor dos metais e da energia.
A constatação está no relatório “Actualização Económica de Moçambique”, citado pelo site Macauhub.
O BM destaca que apesar das economias de alto rendimento estarem a mostrar sinais de recuperação, a procura pelas exportações moçambicanas não está a acompanhar esta retoma, o que acentua a vulnerabilidade do país aos preços dos metais e da energia nos mercados internacionais, podendo mesmo ter repercussões nos investimentos no país, bem como no seu crescimento, que o FMI prevê que será de 8,3% em 2014.
No que diz respeito ao primeiro trimestre deste ano, a instituição financeira considera o “crescimento forte” do PIB, na ordem de 7,5%, maior do que nos três meses anteriores, mas menor do que no período homólogo, quando foi registada uma subida de 9,1%.
O BM enaltece o crescente aumento das receitas fiscais do Estado, que atingiram cerca de 1,051 milhões de dólares no final de Março, impulsionadas pela cobrança de impostos de mais-valias às transacções de capitais no sector do gás natural, de cerca de 150 milhões de dólares.
Por outro lado, o BM salienta que o défice de conta corrente do país se situou em 1100 milhões de dólares no primeiro trimestre deste ano, o que representa um recuo de cerca de 200 milhões de dólares, em comparação com o período homólogo de 2013.
Sem entrar em detalhes, a instituição financeira indica que as exportações de “alumínio, açúcar e outros bens” registaram quebras, num cenário em que o valor dos produtos exportados desvalorizou cerca de 200 milhões de dólares, o que pode ser demonstrado através da depreciação do preço do carvão nos mercados internacionais.
