A janela de oportunidade para conter o surto de coronavírus ainda existe, mas está a estreitar
A Organização Mundial de Saúde (OMS) diz temer que o aumento no número de casos de coronavírus no Irão possa ser um sinal de coisas piores.
O Irão registou 18 casos, incluindo pelo menos cinco mortes nos últimos dois dias. O número de casos e mortes relatados no Irão é pequeno em comparação ao da China, mas o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, expressa preocupação com o número de casos em países fora da China que não têm epidemiologia clara.
"Existe um caso que está vinculado ao Irão agora no Líbano. Esta é uma mulher de 45 anos. Estes são realmente muito preocupantes. Vamos considerá-los tendências. Então, o que eu acredito que é a janela de oportunidade ainda existe. Mas a janela de oportunidade está a estreitar", disse Tedros Adhanom Ghebreyesus.
Tedros insta os países a agir agora para conter o coronavírus, antes que a janela de oportunidade se feche. Atualmente, cerca de 30 países relatam casos do vírus e pelo menos 18 pessoas fora da China morreram. A Coreia do Sul tem o maior conjunto de casos confirmados fora da China.
Tedros diz que não é hora de pessimismo, mas de ação. Ele diz que a OMS está a coordenar uma resposta global que pode combater essa doença.
"As medidas que a China e outros países tomaram deram-nos uma oportunidade de conter a propagação do vírus. Não devemos olhar para trás e lamentar que não tenhamos aproveitado a janela de oportunidade que temos agora."
O diretor-geral da OMS está em Addis Abeba, na Etiópia, participando de uma reunião de emergência sobre o COVID-19, organizada pela União Africana e pelos Centros Africanos de Controle e Prevenção de Doenças.
A OMS está a trabalhar para tentar impedir o COVID-19 de ganhar uma posição nos países em desenvolvimento. A OMS está a focar os esforços no fortalecimento de sistemas de saúde frágeis no continente africano e em outras regiões vulneráveis.
O Egito é o único país africano com um caso confirmado de coronavírus. A OMS relata casos suspeitos de COVID-19 em vários outros países africanos que foram testados e provaram ser negativos.