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Ataques terroristas deixam 100 escolas fechadas em Cabo Delgado


Centro de acolhimento de deslocados da Escola Primária do Bairro 3 de Fevereiro, Metuge, Cabo Delgado
Centro de acolhimento de deslocados da Escola Primária do Bairro 3 de Fevereiro, Metuge, Cabo Delgado

Autoridades moçambicanas preocupadas com a destruição de arquivos de alunos e escolas, bem como equipamento informático

Mais de 100 escolas da província moçambicana de Cabo Delgado não abriram as portas na segunda-feira, 22, dia do arranque do ano lectivo, devido aos ataques terroristas realizados na região.

O porta-voz da Direcção Provincial da Educação de Cabo Delgado revelou que “das 940 escolas de diferentes níveis de ensino, na província, apenas 804 vão retomar até este momento”.

O ano lectivo presencial em todo o país arrancou ontem com oito milhões de alunos.

Moçambique regressa às aulas presenciais
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Melchior Patrício garantiu a protecção dos alunos e professores que se fixaram-se “em zonas consideradas seguras”.

Além do encerramento de escolas, aquele responsável disse que a Direcção Provincial de Educação está preocupado com os arquivos que foram destruídos durante os assaltos.

“Perderam-se livros de turma, termos de exames, pautas, cadernetas dos professores”, afirmou Patrício, que ainda citou a destruição de equipamento informático.

A alternativa, já proposta ao Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano, passa, segundo o porta-voz, pela “criação grupos especiais compostos por professores e alguns pais e encarregados de educação de forma a tentar recuperar o arquivo perdido”.

Estatísticas oficiais apontam que os ataques terroristas afectaram mais de 30 mil alunos e cerca de três mil professores na província que tem sido alvo de insurgentes desde 2017.

Dados oficiais apontam para cerca de duas mil mortes e mais de 600 mil pessoas deslocadas devido aos ataques.

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