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Ataque atribuído a Renamo deixa idosos sem subsídios em Manica


(Foto de Arquivo)
(Foto de Arquivo)

Técnicos do Instituto Nacional de Acção Social temem ir ao interior devido à instabilidade provocada pelo conflito entre o Exército e a Renamo.

Um ataque atribuído à Renamo, no sábado 17, a uma brigada do Instituto Nacional de Acção Social (INAS) deixou 150 idosos sem o subsidio de sobrevivência referente a Setembro em Sabeta, interior da província moçambicana de Manica, uma zona largamente atingida por fome e conflito político-militar.

Ataque atribuído a Renamo deixa idosos sem subsídios em Manica
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O ataque incidiu contra a viatura que transportava dinheiro para o pagamento de subsídio social básico aos idosos e pessoas vulneráveis na zona de Sabeta, o que impediu que a brigada chegasse ao local onde estavam concentrados os beneficiários.

Armando Tangai, delegado do INAS para a região norte de Manica, disse que o ataque forçou a brigada a recuar para a sede distrital, sem contudo, pagar aos idosos que aguardavam receber os subsídios que garantem o seu sustento mensal.

“O valor não foi saqueado, mas devido à insegurança os técnicos não prosseguiram para fazer o pagamento do subsídio aos idosos”, revelou Tangai, adiantando que os técnicos que efectuam os pagamentos estão desencorajados a ir ao local devido à instabilidade.

Entretanto, Elsidia Filipe, porta-voz da Polícia de Manica, disse que um dos ocupantes da brigada do INAS ficou ferido na sequência dos disparos dos homens armados do maior partido da oposição em Moçambique.

“Um dos ocupantes da viatura do INAS ficou ferido, mas está agora fora do perigo”, disse Elsidia Filipe, adiantando que as forças governamentais estão a trabalhar para repelir as incursões militares da Renamo na região.

O distrito de Tambara, cíclico em seca e fome, começou a registar focos de instabilidade desde o reinicio da crise político-militar, tendo recentemente o braço armado da Renamo assaltado a sede do posto de Sabeta, vandalizando o hospital e a casa do responsável local.

A instabilidade militar tem marcado nos últimos meses a região centro de Moçambique, com relatos de confrontos entre o braço armado da Renamo e as Forças de Defesa e Segurança, além de denúncias mútuas de raptos e assassínios de dirigentes políticos das duas partes.

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