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ASF: Com apenas um centro oncológico no país, doentes precisam de "bagagem financeira e psicológica"


Nádia Camate, especialista em medicina interna e emergência médica
Nádia Camate, especialista em medicina interna e emergência médica

No programa Angola Saúde em Foco deste 5 de Fevereiro abordamos as doenças cancerígenas com a dra. Nádia Camate.

Em Angola, os cancros mais comuns são da mama, do colo do útero, entre a população feminina; da próstata na população masculina e de modo geral do pulmão e do intestino.

A dra. Nádia Camate diz que as causas são inúmeras e que o importante é não olhar para o cancro como uma sentença de morte.

A especialista em Medicina Interna alerta para o rastreio, para a atenção aos sintomas, de modo a que se possa detectar sinais antes dos estágios avançados da doença.

"O cancro é uma desorganização das células", explica a dra. Camate, referindo-se ao cancro como uma entidade para mais de 100 doenças.

No que toca a sintomas, a especialista pede a atenção "a caroços nos seios, nas axilas, sangue nas fezes, tosse com sangue, sangramento vaginal fora da menstruação, perda de peso não intencional, dificuldades em engolir, caroços no pescoço" e ida imediata ao médico aquando da observação de um desses sintomas.

Apesar do estado angolano cobrir os custos de tratamento oncológico, a dra. Nádia recorda que Angola "só tem um Centro Nacional de Oncologia", o que implica que todos os pacientes do país inteiro tenham que viajar para Luanda para se puderem tratar e é preciso "bagagem financeira e bagagem psicológica" para estar longe de casa e dos seus, ao mesmo tempo que se combate uma doença.

Do ponto de vista de estrutura faltam psicólogos para apoiar os doentes oncológicos, faltam analgésicos, faltam serviços quimioterápicos e muitas vezes faltam reagentes, lembra a especialista.

ASF: Quer saber mais sobre o cancro?
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