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Oito Oficiais da Polícia Angolana Investigados


Sergio Raimundo, Advogado de defesa do comandante da polícia de Luanda
Sergio Raimundo, Advogado de defesa do comandante da polícia de Luanda

Notícias sobre "Quim" Ribeiro são "distorcidas, exageradas e mesmo falsas" e pode ter como objectivo "atingir a reputação das pessoas e talvez influenciar decisões".

Luanda, 16 Dez, 2010 - Sergio Raimundo advogado do antigo comandante da policia da provincial de Luanda Joquim Ribeiro, insurgiu-se em conferencia de imprensa contra o modo como os meios de informação têm estado a lidar com o caso da sua demissão. O advogado afirmou ontem que as noticias na imprensa têm sido distorcidas, exageradas e mesmo falsas e que poderiam ter como objectivo atingir a reputação das pessoas e talvez influenciar decisões . Recorde – se que o nome de Joaquim Ribeiro tem sido ligado a um caso de desvio de fundos que haviam sido roubados do Banco Nacional de Angola . Dois agentes que investigavam o caso foram assassinados . Foi no meio destas investigações que Joaquim Ribeiro foi demitido. Agora sabe-se que vários agentes da polícia foram detidos. A defesa dos oficiais da polícia deplorou o modo como têm sido antecipadamente condenados os seus constituintes, por via da imprensa local. Sérgio Raimundo e José Manuel Ventura consideraram haver outras motivações com o objectivo de atingir a reputação das pessoas e talvez também influenciar decisões.

Por respeito do segredo de justiça, a defesa escusou-se avançar as razões que estariam por detrás das detenções, mas confirmou que os homens tinham sido constituídos arguidos e que a instrução processual decorria junto dos órgãos de justiça. São 8 oficiais no total, número que pode crescer.

Justificando as investigações em curso o Advogado sublinhou que o se está viver neste momento com a instauração do inquérito ou o processo disciplinar é perfeitamente normal. “Um processo crime” adiantou, é “aberto com um simples juízo de suspeita”. Não é necessário que haja certeza.

Com todas as etapas que um processo desta natureza encerra, culminando com a acusação antes de chegar a fase do julgamento em tribunal, o defensor pediu tratamento público mais profissional, referência aos títulos noticiosos de imprensa, alguns dos quais susceptíveis de criar danos morais nos próprios visados.

Entre outras suspeitas, o que é público é que o ex-Comandante da polícia é referido como tendo-se apropriado de valores, refugos dum outro extravio do BNA-banco central de Angola, que a polícia tinha recuperado algures numa quinta na Viana, 20 quilómetros sudoeste do centro de Luanda.
De acordo com os jornais, rondavam os 160 milhões de dólares americanos inicialmente. A cifra viria a decrescer nos títulos dos jornais a medida que o tempo foi passando, chegando mesmo a reduzir-se a 3 milhões.
Nada disso é informação verdadeira, disse o Advogado Sérgio Raimundo.
A VOA soube duma fonte que cita a Procuradoria Geral, constarem de 10 mil dólares americanos como valor eventualmente recuperado das buscas.
Joaquim Ribeiro, o então comandante foi exonerado na semana passada, depois de ter sido suspenso em Outubro.
Sobre os resultados oficiais dos inquéritos instaurados, prevalece o silêncio. Fala de segredo de justiça. Face a esta ausência de informação perguntei ao porta-voz do Comando Geral da polícia o Comissário Carmo Neto, se não era legítima a especulação da imprensa? O oficial recusouse a comentr o caso.
Sob a suspeita de que os processos instaurados resultam de lutas no ministério do interior em função de grupos constituídos, ou seja provenientes das extintas FAPLA, braço armado do MPL.
Ouça a reportagem de Alexandre Neto com declaraçoes dos advogados e da polícia.




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