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Clima: Não há consenso na Conferencia de Cancún


Clima: Não há consenso na Conferencia de Cancún
Clima: Não há consenso na Conferencia de Cancún

Mudanças climáticas em debate no México depois do fracasso de Copenhaga

Washington, 30 Nov - A Conferência das Nações Unidas sobre mudanças climáticas, decorre desde segunda-feira, em Cancun, no México, apelando a uma acção decisiva no que respeita à emissão de gases de efeitos de estufa num esforço tendente a combater o aquecimento climático à escala global.

Delegados de mais de 190 países e representantes de ONG internacionais abriram a conferência de duas semanas na estância turística mexicana, para discussões tendentes a um consenso abrangente em futuras conferências.

Mas no seu discurso de abertura, o presidente mexicano, Felipe Calderón, disse que o mundo não pode esperar mais tempo para uma acção decisiva sobre o problema.

“As mudanças climáticas são uma realidade para o México e para o planeta. As recentes cheias no México em que morreram muitas pessoa, na Guatemala e no Paquistão, assim também os desastres na Rússia e em África, provam que as mudanças climáticas estão a prejudicar as pessoas a nível planetário.”

A ameaça afecta sobretudo as pequenas nações insulares quando as águas marítimas sobem, pondo em perigo a sua própria existência. A líder do grupo de 42 países, presentes na conferência, é a Embaixadora de Grenada das Caraíbas, nas Nações Unidas, Dessima Williams, que disse que a integridade do nosso meio ambiente está em risco. Segundo ela os recursos naturais dos nossos povos estão em risco. Está em risco também a própria credibilidade do sistema multinacional ao qual estamos todos empenhados, do qual todos dependemos, pequenos e grandes. Todos enfrentamos o mesmo perigo, concluiu Dessima Williams.

Os países participantes desejam que o mundo se comprometa em manter uma temperatura de não mais de 1.5 graus, acima do nível pré-industrial, um objectivo ambicioso, atendendo ao facto dos líderes mundiais terem determinado um limite de dois graus, na cimeira sobre o clima em Copenhaga, no ano passado.

Mas embora se registe um acordo generalizado no que respeita à gravidade deste problema, os participantes não estão de acordo quanto ao que se deve fazer e esperar nesta conferência.

Enquanto a União Europeia defende maiores quantidades de emissão de gases de efeitos de estufa, tal como a China, os Estados Unidos exigem determinados mínimos de parâmetros a serem impostos através de acordos com força de lei.

Jonathan Pershing, chefe da delegação dos Estados Unidos à reunião em Cancun, disse que qualquer acordo sobre as emissões de gases de efeitos de estufa, deve ser legalmente verificável.

“É extremamente importante que se compreenda claramente o significado das decisões que os países tomarem a este respeito e que eles próprios compreendam o que estão a fazer. De que forma se pode chegar a compreender isso? Como criar a confiança no processo em que um país tenta envolver-se nas acções do outro?”

Se os países presentes chegam ou não a consenso só se poderá saber no dia do encerramento, 10 de Dezembro.

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