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Nigéria: Forças armadas mudam de estratégias na relação com as milícias


Nigéria: Forças armadas mudam de estratégias na relação com as milícias
Nigéria: Forças armadas mudam de estratégias na relação com as milícias

Recente libertação de reféns provou uma nova abordagem militar às milícias

Washington, 25 Nov - A recente libertação de dezanove reféns no Delta do Níger representa uma nova postura das forças armadas que privilegiaram o contacto com os grupos locais.

O comandante das forças especiais no Delta do Niger considera a operação de um êxito por não ter havido nenhuma baixa humana e nem o pagamento de resgates.

O Major general Charles Omoregie, comandante das forças especiais no Delta do Níger disse que as operações tiveram lugar em sete bases do Movimento para a Emancipação do Delta do Níger - MEND.E o sucesso dessas operações, segundo ainda o major general, deveu-se em parte aos apoios prestados por antigos membros do MEND, que ajudaram a negociar a libertação dos dezanove reféns, sendo eles, dois americanos, dois franceses, dois indonésios, um canadiano e doze nigerianos.

O presidente da Assmebleia do Estado do Níger, Austin Ojde diz que esta nova abordagem militar aos problemas colocados pelas milícias, vai continuar e de forma a por fim as suspeitas de que esse grupo estivesse a ser apoiado pelos populares.

“Ninguém está a apoiar as milícias. Eles vêm de outros locais. O facto de não haver nenhum ferido, explica tudo… porque as pessoas da comunidade ajudaram as forças especiais a levarem a cabo a sua missão sem feridos e sem mortos.”

O presidente Goodluck Jonathan ordenou as forças armadas a resolver sem baixas hmuanas, se possível, os problemas causados com a tomada de reféns na região. O presidente nigeriano prometeu também continuar os programas de reinserção social dos antigos membros das milícias que aceitaram a amnistia governamental do ano passado.

O activista dos direitos humanos do Delta do Niger, Joseph Oke, diz que a administração do presidente Jonathan merece ser saudada pela nova abordagem militar dos problemas colocados pelas milícias.

“Está é a primeira vez que as forças especiais entraram numa área controlada pelas milícias,… uma zona violenta e com todo o tipo de armas,… e ainda assim saiu, sem o registo de mortos. E isso foi graças as ajudas das pessoas, das que foram amnistiadas, e que têm visto a resposta positiva do governo. As pessoas do Delta do Níger sabem que esse problema das milícias é apenas um acto de criminosos.”

O presidente Jonathan é originário do Delta do Níger, e resolver o problema de violência na região é importante para a sua campanha às eleições presidenciais do próximo ano.

O presidente nigeriano tem assim a oportunidade em capitalizar créditos políticos através do programa de amnistia que ajudou a implementar enquanto vice-presidente durante o mandato do presidente Umaru Yar’Adua.

Jonathan tem igualmente o desafio de convencer os eleitores de que é capaz de conter a violência depois dos atentados bombistas reivindicados pelo MEND em Outubro passado na capital nigeriana, Abuja.

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