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Grupo Amões pode perder os negócios da Coca-Cola em Angola


Produção da SEFA baixou de 10 mil para 6 mil grades diárias
Produção da SEFA baixou de 10 mil para 6 mil grades diárias

Má gestão está na base de uma série de conflitos com os forncedores externos

O Grupo Valentim Amões (GVA) pode perder a representação da Coca-Cola em Angola, alegadamente por má gestão, segundo disse a Voz da América uma fonte ligada ao grupo.

A Sefa - Sociedade de Empreendimentos Fabris de Angola - uma empresa do grupo Valentim Amões é a responsável pela nova linha de produção de refrigerantes da marca Coca-Cola, um investimento avaliado em cerca de 25 milhões de dólares, localizado na zona Cuca, um dos maiores pólos indústrias da província do Huambo.

Segundo a fonte, a fábrica funciona sem uma Estação de Tratamento de Aguas Residuais e a multinacional Coca-Cola exige que a Sefa instale a referida unidade ate Dezembro deste ano, afirmando ser um dos elementos importantes para o GVA manter-se como representante da Coca-Cola.

Refira-se que, por ocasião da inauguração da Sefa, o Jornal o País havia citado Lídia Amões, administradora do grupo de ter dito que em 2012 se instalaria r, também no Huambo, uma estação de tratamento de águas residuais, cujos custos não foram avançados.

Enquanto a fonte da VOA referiu que, o grupo debate-se com a falta de recursos financeiros para colocar unidade, alegando que, o Banco Espírito Santo (BESA) que havia financiado a instalação da nova linha de produção da Coca-Cola, recusa-se a conceder novo empréstimo bancário ao GVA.

A Sefa, de acordo com a fonte, baixou os seus os níveis de produção de 10 mil grades por dia para 6 mil diários contra os cerca de 30 mil da capacidade instalada.

Recentemente, o Semanário Angolense publicara numa das sua edições, um artigo dava conta da paralisação no Planalto Central da fábrica de motoriza­das de marca Yamaha, tida como um dos íco­nes do Grupo Valen­tim Amões.

De acordo com aquele Jornal, a fábrica de montagem de motoci­clos Ulisses perdeu a representa­ção dessa marca, por alegada falta de liquidez para honrar aos seus compromissos com a importação de kits e acessórios do Japão.

Fontes convergentes revelaram ao Semanário An­golense que uma alegada falta de solvência para honrar os compro­missos financeiros com a aquisi­ção de kits e acessórios do Japão terá levado à multinacional nipó­nica a retirar o tapete ao GVA.

Ao jornal o País, Lídia Amões cabeça de casal do GVA disse que a paragem das actividades da fábrica tem a ver com os custos de importação do material, afirmando que 37 por cento do produto era importado.

Lídia é apontada pela imprensa local de estar implicada em processos judiciais, um deles é resultante da alienação da herança, sem o consentimento de alguns co-herdeiros.

Inge Van Cauwenberg, uma das antigas funcionárias do GVA abriu recentemente, no Huambo, uma queixa contra Lidia por supostamente ter arrombado as portas da residência em que vivia e remover todos os seus bens, sem um mandado do tribunal.

Na exposição apresentada as autoridades policias, Inge diz que foi desalojada com a sua filha menor, de 3 anos de idade, não tendo acesso aos seus bens que se encontravam sob controlo do Grupo Valentim Amões.

Contactado pela VOA, o advogado de causa, João Valeriano, disse acreditar na justiça, ao posso que Lídia Amões não atende as nossas chamadas telefónicas.

A questão que se coloca é se GVA não irá sobreviver à morte do empresá­rio Valentim Amões, falecido a 19 de Janeiro de 2007, num acidente de viação no Huambo.

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