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Pirataria: Novo Máximo dos Últimos 5 Anos


Pirataria: Novo Máximo dos Últimos 5 Anos
Pirataria: Novo Máximo dos Últimos 5 Anos

O Mar do Sul da China foi palco de 30 ataques de piratas de Janeiro até Setembro deste ano, triplicando os ataques no mesmo período do ano passado.

O Bureau Marítimo Internacional, BMI, anunciou que o número de navios desviados por piratas nos primeiros 9 meses de 2010 atingiu um máximo dos últimos 5 anos.
Estes números foram ontem divulgados pelo capitão Pottengal Mukundan, o director do BMI. “ Estes ataques disse ele, não são nada animadores. Vimos aparecer uma nova vaga de ataques no Mar do Sul da China,e,se esta tendência se mantiver estaremos pelo menos ao nível do ano passado”, acrescentou ainda.
O Mar do Sul da China foi palco de 30 ataques de piratas de Janeiro até Setembro deste ano, triplicando os ataques no mesmo período do ano passado. Segundo o relatório do BMI verificaram-se através do Mundo 289 actos de pirataria desde o princípio do ano sendo os piratas somalis responsáveis por 40% dos mesmos.
Contudo os ataques no golfo de Aden diminuíram. Este ano verificaram-se 44 contra os 100 do ano passado. Segundo Mukundam isso não quer dizer que os piratas somalis tenham desistido dos seus intentos. “Os piratas, afirmou, estão a alargar ainda mais o seu raio de acção a áreas onde previamente não estavam a operar.”
Muklundan salientou que devido ao facto de os piratas estarem a alargar o seu raio de acção os navios não estão muitas vezes em estado de alerta e as patrulhas marítimas internacionais não conseguem abranger essas áreas alargadas.
Por seu lado, Peter Lehr especialista em terrorismo na universidade britânica de St.Andrews, salienta que actualmente os reféns estão a ser detidos por períodos mais prolongados do que anteriormente. Lehr acrescentou que a situação pode piorar para os reféns,segundo ele, “os piratas podem começar a ameaçar as vidas dos reféns só para acelerar as negociações. No futuro a pirataria pode tornar-se muito mais letal do que até agora.”
Ainda de acordo com o relatório, durante os últimos 9 meses armas de fogo foram usadas em 137 incidentes e armas brancas noutros 66. Em consequência dessas acções 1 tripulante foi mortos, 27 ficaram feridos e foram feitos cerca de 800 reféns.

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