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Organizações Humanitárias Que Operam Em Zonas De Conflito


Enfrentam uma variedade de dificuldades no seu trabalho

As organizações de ajuda humanitária que operam em zonas de conflito enfrentam uma variedade de dificuldades no seu trabalho. Entre elas o serem objecto de ameaças e de violência por parte daqueles que as consideram como prestando ajuda ao inimigo.

Vários trabalhadores daquelas organizações debateram as suas experiencias num seminário realizado no Instituto dos estados Unidos para a Paz, aqui na cidade de Washington.

As guerras geram suspeita e desconfiança, por isso os trabalhadores da ajuda humanitária em países de conflito sustentam que uma das tarefas mais árduas reside em manter a aparência de neutralidade no decurso do seu trabalho.

Abdel Girshab, o director executivo do Instituto para o Desenvolvimento da Sociedade Civil no Sudão, sublinha que o seu pessoal é vigiado de perto pelas forças de segurança quando realizam encontros sobre direitos humanos, os direitos das mulheres e educação.

“Temos acentuado que somos neutrais, que estamos apenas a fornecer conhecimento e competência técnica. Não dizemos que tem de trabalhar para este ou para aquele partido”.

Como director adjunto do Gabinete Afegão de Ligação com as Tribos, Masood Karokhail, coordena o diálogo entre os dirigentes tribais e as agências de desenvolvimento estacionadas em Cabul.

Refere ele que o seu pessoal – mais de duzentas pessoas espalhadas pelo país – está constantemente consciente das ameaças.

“Dizemos no Afeganistão, que temos de ter dois olhos na cara e dois outros na parte de trás da cabeça, e desta forma temos de lidar com a realidade”.

Masood salienta que alguns grupos humanitários no Afeganistão recusam-se a trabalhar com pessoal militar estrangeiro, incluindo os que integram as equipas norte americanas da Reconstrução Provincial.

Sublinha ainda a mesma fonte que os dirigentes locais consideram trabalhar com os militares dos Estados Unidos quando as tropas se encontram na busca de elementos da al-Qaida ou dos Talibã.

Maria Emma Willis, uma pesquisadora da Comissão da Memória Histórica, que recolhe depoimentos de vítimas de massacres ou de outras atrocidades, frisa que as agências internacionais de ajuda podem assegurar a protecção dos trabalhadores locais no seu trabalho.

De acordo com os dados disponíveis o ano passado, e a nível mundial, cento de dois trabalhadores humanitários perderam a vida, oitenta e oito dos quais eram trabalhadores locais.

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