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Os Somalis Continuam a Entrar às Catadupas


Os Somalis Continuam a Entrar às Catadupas
Os Somalis Continuam a Entrar às Catadupas

Os somalis .... sempre eles. Continuam a entrar, às catadupas, e ilegalmente, levando as autoridades governamentais moçambicanas ao desespero.

Vêm em grupos numerosos, havendo casos, até, em que o número de cidadãos provenientes da Somália, e que violam as fronteiras moçambicanas, ultrapassam os duzentos. E, aparentemente, ninguém sabe ao certo as motivações da sua presença, em terras nacionais.

Quando são descobertos pelas autoridades, alegam que o seu destino é Maratane, na província nortenha de Nampula, onde se localiza o único campo de refugiados existente no país.

E é para Maratane onde os somális são encaminhados. Só que, algum tempo depois, fogem. Desaparecem, misteriosamente. O Instituto Nacional de Apoio aos Refugiados, INAR, instituição subordinada ao governo, diz que se desconhece o paradeiro deles, havendo suspeitas de que, por detrás destes massivos fluxos migratórios, está uma rede criminosa, bem organizada.

Damasco Mathe, Chefe do Departamento de Operações e Projectos do Instituto moçambicano de Apoio aos Refugiados, em entrevista à Voz da América. E, segundo Mathe, este não é um problema apenas do seu país.

Como Moçambique, há outros países na região a viver o mesmo drama. A Tanzânia é um deles, tendo, por esse motivo, decidido organizar uma conferência, que teve lugar esta semana, com participação de representantes de outros Estados da SADC.

Moçambique fez-se representar por uma delegação que integra os Directores da Migração e do Instituto Nacional de Apoio aos Refugiados.

Ampliar o entendimento sobre a natureza, escalão e razões dos movimentos migratórios mistos, oriundos das sub-regiões do Leste, do Corno de África e da região dos Grandes Lagos, em direcção ao sul do continente africano, com ênfase em somális e etíopes, este um dos principais objectivos da conferência de Dar-Es-Saalam, cuja organização contou também com a colaboração do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados, ACNUR, e a Organização Internacional para as Migrações, OIM.

A delegação moçambicana foi para a capital tanzaniana já com uma posição bem definida.

Primeiro com a Tanzânia e o Malawi e, numa fase posterior, perspectiva-se idêntico exercício com outros paises da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral.

E, outro passo importante, segundo o Chefe do Departamento de Operações e Projectos do Instituto Nacional de Apoio aos Refugiados: procurar formas de melhorar a fiscalização na vasta costa moçambicana para evitar os fluxos migratórios ilegais por parte dos somális e outros violadores de fronteira.

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