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Pirataria: Libertado o capitão do barco raptado ao largo da Nigéria


A submerged idol of Hindu Lord Shiva stands in the flooded River Ganges in Rishikesh, in the northern Indian state of Uttarakhand, June 18, 2013.
A submerged idol of Hindu Lord Shiva stands in the flooded River Ganges in Rishikesh, in the northern Indian state of Uttarakhand, June 18, 2013.

Piratas justificam o rapto com o não pagamento de "imposto de protecção"

O capitão de um barco cargueiro dos Camarões, raptado por piratas no Sábado de manhã ao largo da Nigéria foi libertado hoje.

Os piratas disseram tê-lo levado por não ter pago o “imposto de protecção”.

O cargueiro camerounês Mónica com 150 passageiros partiu na Sexta-feira a noite dos Camarões com destino a Oron na Nigéria.

Linda Mossina uma comerciante camerounesa que costuma fazer compras de produtos na Nigéria para vender nos Camarões fazia parte dos que iam a bordo.

“Estávamos seguindo a viagem para a Nigéria e por volta das 8 horas da manha ouvimos disparos de armas e de seguida cerca de 7 homens fortemente armados em lanchas-rápidas entraram no barco. Eles disseram as pessoas para não se mexerem, ameaçando disparar contra aqueles que não seguir o conselho. Foram de imediato a cabine donde apanharam o capitão que levaram com eles.”

Linda Mossina adiantou que os piratas disseram aos passageiros que o capitão recusou em pagar o “imposto de protecção” ao navegar no Golfo da Guiné, região onde tem havido um crescendo de ataques de pirataria ao longo deste ano.

O capitão do barco, Moukkoko Lottin, acabaria por ser libertado sem problemas na noite de Domingo. Ele disse a Voz da América que foi pago resgate para a sua libertação, mas que não esteve envolvido nas negociações. Sublinhou que os seus raptores apenas quiseram negociar com o proprietário do barco e não com os governos dos Camarões ou da Nigéria.

Após a sua liberação, o barco foi conduzido de volta ao porto de Limbe no sudoeste dos Camarões.

A pirataria no Golfo da Guiné não é uma prática recente, e não tem a mesma dimensão da pirataria ao largo da Somália, mas os especialistas dizem que está a ter um carácter cada vez mais organizado e sistemático. Exigências de pagamentos mensais de protecção para barcos petroleiros e de mercadorias tornaram-se cada vez mais comuns e têm aumentado de número.

Países produtores de petróleo tal como os Camarões e a Nigéria têm sido alvos de ataques de piratarias nos últimos anos, tal como outros como o Benim. Mais de 20 ataques no alto mar foram reportados este ano apenas no Benim, onde pelo menos no ano passado não havia referencias.

Analistas em segurança marítima afirmam que as forças navais na África Ocidental não têm meios dos mais básicos meios tais como radar e barcos de patrulha para confrontar actividades criminosas como a pirataria. Comandantes navais no Golfo da Guiné defenderam que deve haver uma política regional para fazer face ao que se tornou num crime transnacional.

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