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Conferência sobre a Sida em Washington chega ao fim


Participantes na conferencia sobre a Sida
Participantes na conferencia sobre a Sida

A conferência internacional sobre a Sida terminou em Washington com a presença entre outros do antigo presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton, ele que agora lidera a Fundação Clinton que tanto tem feito para angariar fundos para este combate.

Conferência sobre a Sida em Washington chega ao fim

A conferência internacional sobre a Sida terminou em Washington com a presença entre outros do antigo presidente dos Estados Unidos, Bill
Clinton, ele que agora lidera a Fundação Clinton que tanto tem feito para
angariar fundos para este combate.

E ao fim de seis dias o que se pode dizer desta conferência? Sai-se dela
com uma mistura de optimismo e pessimismo.

Optimismo porque se sai desta conferência com o sentido de que há realmente avanços no combate à doença. Avanços não só no campo científico como também no campo social.

Hoje sabe-se com certeza que os medicamentos existentes podem garantir uma vida longa às pessoas infectadas.

Pessimismo porque não há ainda sinais claros de uma possível vacina que possa evitar a infecção ou sinais de medicamentos que curem a doença. Os anti-retrovirais não curam. Controlam apenas. Há também pessimismo porque é absolutamente claro que as necessidades no mundo em desenvolvimento nada têm a ver com o combate à doença nos países desenvolvidos. As necessidades são outras e muito mais vastas, como
indicam os novos dados sobre a tuberculose relacionada com a Sida.

A declaração de Washington que sai desta conferência afirma que para se reverter a maré é preciso multiplicar e direccionar os novos investimentos; garantir a prevenção e tratamento respeitando os direitos humanos de todos; acabar com o estigma e discriminação contra as pessoas infectadas; aumentar o rastreio do HIV e o aconselhamento e estabelecer ligações com os serviços de prevenção, apoio e tratamento; fornecer tratamento a todas as mulheres grávidas portadoras do HIV e acabar com a transmissão perinatal; difundir o acesso ao tratamento anti- retroviral a todos os que dele necessitam; Identificar, diagnosticar e tratar a tuberculose; acelerar a investigação sobre novas formas de prevenção do HIV e dos meios de tratamento, alargando a investigação à cura e à descoberta de uma vacina; mobilizar e envolver as comunidades infectadas as quais, segundo diz a declaração, devem ser o centro das respostas colectivas.

Nove pontos, muito gerais diga-se saídos de uma conferencia de seis dias em que mais de 20.000 delegados, cientistas, médicos e outros discutiram em centenas de reuniões todos os aspectos ligados à doença. E aí está verdadeiramente o valor desta conferência.
Dentro de dois anos tudo se repete. Em 2014 na Austrália.


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