Gangues incomodam população de Bissau
A capital guineense tem sido confrontada nos últimos meses com o disparo de índices de violência urbana. Estas acções são perpetradas por diferentes grupos de bandos que operam em vários bairros de Bissau.
São gangs que, de momento, representam maior dor de cabeça a cada um guineense. Os seus membros circulam não só nos centros comerciais como também em quaisquer zonas de fluxo e frequência das pessoas. Os seus actos são denotados nas agressões físicas violentas, sobretudo no roubo de jóias, telemóveis ou outros bens que possam render algo, isto em pleno luz do dia, mesmo perante assistência de pessoas, menos a da polícia ou qualquer entidade de ordem pública. O cenário tem sido de grande preocupação, impedindo hoje em dia as mulheres o uso de jóias nas ruas da capital guineense, tanto mais que em algumas ocasiões já travaram conflito com a Polícia e entre si, em caso de desentendimento, isto em muitos casos por questões de controlo de espaços de actuação.
São apelidados por "Como É que É", um nome que inicialmente era dado apenas aos adolescentes guineenses retornados de Portugal, na sua maioria em virtude de actos de criminalidade por ai praticados, e que hoje é denominado a qualquer delinquente em Bissau…Os "Como É que É", que nada têm a ver com o sentido literário da palavra, são reconhecidos pelo corte de crista no cabelo ou pelo uso de boné.
E porque estão a representar o maior problema de ordem pública, as autoridades policiais e a Guarda Nacional desencadearam diferentes operações que se resultaram agora na detenção de cabecilhas destes gangs e de seus seguidores.
Terça-feira foram apresentados à imprensa e entregues ao Ministério Publico para a conclusão dos respectivos processos judiciais. Ao todo são 18 membros de diferentes bases. Entre membros de grupos de bandos que já se encontram atrás das grades, destacamos os de Al-Qaeda, Atlanta e Tabanca. São considerados ultra perigosos.
Insegurança dos guineenses nas principais avenidas e ruas da capital, face à garantia da Polícia em como vai atenuar a violência e a criminalidade em Bissau, porquanto não se pode falar da sua erradicação.