Faz este mês três anos desde que o grupo militante islâmico Hamas assumiu o controlo da Faixa de Gaza.
Tal levou Israel a impor um bloqueio a Gaza que Israel anunciou recentemente ir aliviar.
Um dos objectivos do bloqueio israelita foi o de pressionar os habitantes de Gaza a derrubar o Hamas, procedendo à restrição de bens para o enclave.
A decisão de Israel de aliviar o bloqueio segue-se às enormes críticas internacionais sobre a incursão contra uma flotilha de embarcações que transportavam ajuda para Gaza.
A incursão desencadeou apelos dentro de Israel para que o governo procedesse à revisão do bloqueio, que alguns acreditam que não tem sido eficaz e pode mesmo ter aumentado a posição do Hamas.
Uma visita ao mercado de Firas na cidade de Gaza revela poucos sinais de que o bloqueio exista. As bancas estão repletas de fruta fresca e de vegetais, e os talhos apresentam grandes pedaços de carne pendurados.
Para além dos elementos básicos, existem também guloseimas, frascos com compotas e chocolate importado da Europa. Existem cigarros que são proibidos ao abrigo do bloqueio Israelita e Egípcio.
Muitos dos produtos são contrabandeados do Egipto através de túneis que o Hamas aprova e cobra impostos.
Quando inquiridos sobre os efeitos e as carências que enfrentam em resultado do bloqueio muitos habitantes referem que a disponibilidade de alimentos e outros bens de consumo encontram-se na cauda da lista das suas preocupações.
A perda de postos de trabalho e de oportunidades para aqueles que trabalhavam em Israel ou que negociavam com israelitas tem tido efeitos mais perniciosos do que o fluxo de bens para Gaza.
Tal como milhares de outros habitantes a perda da possibilidade de atravessar a fronteira, Asharaf al-Koumi depende das Nações Unidas – e do Hamas – para a subsistência.
Al Koumi sustenta que a única entidade que apoia a população de Gaza é o governo do Hamas, que deixa entrar os produtos através dos túneis, e se não existissem os túneis não existia vida.
Para os dirigentes do Hamas o apoio publico que tem recebido é de alguma forma a maior vitoria do que persuadir Israel a levantar as restrições sobre os bens que entram no território.