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Al-Shabab recruta combatentes em Nairobi


Cobatente da al-Shabab
Cobatente da al-Shabab

O grupo militante somali al-Shabab há muito que confia numa rede de financiamento extensivo e recrutamento através de uma organização de base comunitária no Quénia denominada Centro de Juventude Muçulmana.

Al-Shabab recruta combatentes em Nairobi

O grupo militante somali al-Shabab há muito que confia numa rede de financiamento extensivo e recrutamento através de uma organização de base comunitária no Quénia denominada Centro de Juventude Muçulmana.

Maryam Gulam, de 31 anos, com três filhos, viu o seu marido ser recrutado para lutar pela al-Shabab em 2009, quando estava grávida de três meses.

Maryam disse que o seu marido converteu-se ao Islão em 2006 e foi para uma escola islâmica para estudar a sua nova religião. Ela assume que lá ensinaram o seu marido sobre jihad, ou guerra santa, em vez de ensinamentos básicos religiosos muçulmanos.

Gulam disse que soube da partida do seu marido para a Somália para se juntar a al-Shabab através de uma outra família.

De acordo com Gulam, o seu marido instruiu outras famílias a esperarem um mês antes de lhe dizerem que ele tinha ido para a Somália.

Maryam Gulam não esta só. Centenas de filhos, irmãos e maridos de outras famílias foram recrutados para combaterem pela al-Shabab.

Uma outra mulher, Hidaya Said, de 29 anos, disse que o seu filho foi recrutado em 2010 com 14 anos. Disse também que o procurou durante três meses e que desistiu de o procurar quando inesperadamente descobriu uma carta sua.

Em Julho passado, uma investigação de um grupo de monitorização das Nações Unidas descobriu que o al-Shabab tinha criado redes de financiamento e recrutamento em Nairobi através do Centro de Juventude Muçulmana. Para o governo americano, no mínimo, a investigação confirmou anos de preocupações ansiosas de que a al-Shabab tinha expandido a sua influência na África Oriental.

Por agora, Gulam e Said disseram que não tem controlo sobre o que acontecera aos seus entes queridos, desde que militares quenianos e somalis estão a preparar uma ofensiva para tomarem o controlo em Agosto de Kismayo, um bastião costeiro do al-Shabab.

Antes disso, as duas mulheres disseram esperar que os seus homens encontrem maneiras de regressar a casa e recomeçarem as suas vidas.

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