O Bloco Democrático tenciona apresentar uma queixa ao Tribunal Constitucional de Angola sobre actos que diz terem como objectivo dificultar o processo de registo da organização para as próximas eleições.
Ao mesmo tempo o Bloco Democrático negou acusações das forças armadas angolanas de que estaria envolvido em manifestações de desmobilizados.
O Secretário-geral da organização, Filomeno Vieira Lopes disse á Voz da América que um militante da sua organização tinha sido assaltado quanto transporta listas de assinaturas para o registo do partido na Lunda. Essas listas foram roubadas.
Listas roubadas
Anteriormente tinha sido fracassada uma tentativa de assalto á sua residência.
No Cacuaco o mesmo tinha acontecido. Um outro militante do partido tinha sido assaltado. E os meliantes roubado documentos e outro material.
Noutras partes do país, como no Cunene, o Bloco Democrático tinha sido impedido de efectuar trabalho político por partes das autoridades locais.
O dirigente partidário disse que era intensão da sua organização apresentar as assinaturas disponíveis fazendo esforços para completar o processo.
Filomeno Vieira Lopes disse que o seu partido tinha “ de maneira atempada” informado as autoridades de que havia um ambiente que iria perturbar muito a recolha de assinaturas e pedimos que tomassem algumas medidas”.
“Inclusivamente pedimos ao ministro da administração do território para fazer baixa uma circular explicando a toda a rede de administração do território que esse trabalho (de angariação de assinaturas e preparação as eleições) é um trabalho constitucional e que portanto não podia ser impedido por nenhuma autoridade,” disse.
“Isso não foi feito e os resultados e os resultados estão aí á mostra,” acrescentou.
Para o Secretário-geral do Bloco Democrático os grupos que efectuaram os roubos são parte de um grupo de “roubos inteligentes” somente interessados em documentos.
O Tribunal constitucional deve apreciar as razões a apresentar pelo Bloco Democrático para decidir sobre se o partido deve ou não ser viabilizado para as próximas eleições.
Filomeno Vieira Lopes negou também veementemente alegações das forças armadas angolanas de que o seu partido e outros partidos da oposição estariam envolvidos na organização de manifestações de desmobilizados de guerra e de violarem a lei invadido instalações militares.
Bloco rejeita acusação das forças armadas
A acusação tinha sido feita na sequência de uma manifestação na passada semana de desmobilizados das forças armadas.
“Desafiamos o estado-maior a apresentar os tais dirigentes do Bloco Democrático,” disse Filomeno Vieira Lopes acrescentando que se isso for verdade as forças armadas deveriam ir “par aos tribunais o mais rapidamente possível”.
O Secretário-geral do Bloco Democrático disse que a acusação “ visa criar um clima de tensão” e “criar condições para reprimir os próprios dirigentes do bloco”.
“Nós sabemos como é que estas coisas são feitas aqui em Angola. Cria-se um ambiente propício para depois justificar outro tipo de situações violentas,” acrescentou.