A NATO chegou à conclusão de não estar equipada para treinar uma nova força policial no Afeganistão e recorreu à União Europeia e a empresas privadas para sugestões.
Um contingente da policia a bater nos escudos num treino para demonstrar como reagir se uma manifestação se tornar violenta.
Este contingente é o que tem o treino aperfeiçoado destinado a controlar situações difíceis.
O brigadeiro general italiano Carmelo Burgio que ajuda a treinar a nova polícia considera ser este género de força de que o Afeganistão necessita neste momento.
“São exactamente aquilo que é necessário pois são policias, com mentalidade de policia. Tem de lidar com pessoas, mas tem igualmente de ter algum treino militar”.
A polícia no Afeganistão é acusada de corrupção generalizada fazendo dinheiro através de luvas nos postos de controlo ou nos postos de fronteira.
Em Novembro passado um agente da polícia afegã matou cinco militares britânicos que o estavam a treinar. O comandante afirmou a um jornal britânico que a corrupção da polícia fomenta os rebeldes.
Mas há seis meses atrás, a NATO estabeleceu um novo comando para treino da polícia, e os seus elementos sustentam estará a trabalhar no sentido de erradicar a corrupção e a falta de disciplina.
No inicio deste ano, os salários dos policias foi aumentado e muitos são já pagos através de contas bancárias, já que assim ninguém tem a possibilidade de desviar o salário do policia antes que o destinatário tenha acesso ao mesmo.
O jornalista Massoud Farivar é responsável por programas de rádio sublinha que aquilo que a NATO está a fazer é apenas o princípio do processo.
"Penso que se registou alguma mudança, mas não considero que tenha alterado significativamente a polícia. Na generalidade existe mais confiança do público no exército do que na polícia. A polícia ainda é vista como incompetente, corrupta e oportunista".
Talvez devido ao aumento salarial, o recrutamento tem sido maior. Os índices de desgaste têm sido elevados, possivelmente devido às ameaças sofridas e ao número de mortos, especialmente no sul ao redor de Kandahar, o coração dos Talibã.
O major general canadiano Mike Ward salienta que os polícias são os alvos por estarem a trabalhar com a NATO.
"Os polícias são aqueles que se encontram diariamente na luta. São os que tem sido feridos e morrido em números impressionantes. As respectivas famílias têm estado em risco permanente".
A polícia encontra-se no centro da estratégia da NATO para retirar ao Talibã o controlo do território, em particular ao redor de Kandahar.