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Afeganistão: Talibãs juram vingar morte de civis


Incidente envolveu soldado americano acusado de assassinar 16 civis afegãos.

O governo afegão e as forças da NATO continuam a investigar as acções de um militar americano acusado de assassinar ontem 16 civis afegãos.

Muitas das vítimas eram mulheres e crianças e alguns dos corpos foram parcialmente incinerados.
Os talibãs emitiram entretanto um comunicado jurando vingança pelos assassinatos.

O presidente afegão Hamid Karzai considerou o ataque como “um assassinato intencional de civis inocentes que não seria esquecido”.

Por seu lado o presidente americano Barack Obama afirmou que se tratou de um ataque “trágico e chocante” e que “não era representativo do excepcional carácter dos militares americanos”.

O porta-voz das forças da NATO no Afeganistão, o brigadeiro Carsten Jacobson, afirmou entretanto que o incidente de Kandahar seria investigado como um assassinato e não como parte de uma operação militar.

Entidades oficiais americanas identificaram o atacante como sendo um sargento do exército acrescentando que ele tinha agido sozinho.

Aumenta entretanto a preocupação de que o incidente possa alimentar uma vaga de protesto semelhante à verificada no mês passado depois da queima de exemplares do Alcorão numa base militar americana.

Este incidente verificou-se no momento em que as forças americanas e afegãs estão a negociar a transferência das operações de segurança para as forças afegãs.

Os dois lados já concluíram um acordo para a transferência do controlo de um centro de detenção no prazo de seis meses e esperam agora chegar a um outro acordo que deverá definir o papel dos Estados Unidos no Afeganistão assim como a retirada de grande parte dos 98 mil soldados americanos do país até 2014.

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