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Estados Unidos: Congresso organiza auscultação sobre radicalismo islamico


Aspecto da sessão de quinta-feira, da audiência no Congresso sobre o radicalismo islâmico
Aspecto da sessão de quinta-feira, da audiência no Congresso sobre o radicalismo islâmico

Congressista Republicano Peter King de Nova Iorque está a frente de um debate que agita a nação americana

Congressistas americanos deram o início, quinta-feira, a uma controversa sessão parlamentar destinada a debater o grau de radicalização da comunidade muçulmana norte-americana.

A audiência está a ser presidida pelo congressista republicano Peter King do Estado de Nova Iorque, na sua qualidade de presidente do Comité de Segurança Interna do Congresso. Ele tem criticado os líderes muçulmanos americanos por não denunciarem suspeitos terroristas às agências de segurança.

King tem sido criticado de querer isolar os muçulmanos norte-americanos, mas durante a sua intervenção hoje considerou algumas das críticas como “histeria”.

O Jornal The Washington Post ilustra hoje num dos seus artigos a complexidade desta sessão parlamentar, em que os articulistas deixam entender que os congressistas poderão estar a desenterrar mais uma vez o machado de guerra, com o qual os muçulmanos americanos têm sido constantemente ameaçados.

O diário de Washington intitula o seu artigo da seguinte maneira: Audiência de Peter King sobre o Islão: um momento chave numa conversa insultuosa.

Prossegue o jornal, que o debate sobre o islão não deverá estar inscrito na agenda oficial, e nem será mesmo citado em voz alta. Contudo adianta que, a sessão deverá ser uma das mais importantes durante a plenária desta Quinta-feira sobre o aumento de terroristas islâmicos dentro do território americano.

O artigo coloca mesmo aos americanos a questão chave de uma problemática ao mesmo tempo que faz a cronologia dos principais eventos que marcaram o país desde 2001 em relação ao crescendo de ameaças terroristas. Como deve a América falar sobre os muçulmanos americanos? O jornal procura responder a questão afirmando que mesmo durante os tensos meses que se seguiram aos ataques terroristas de 2001, as discussões públicas sobre o extremismo islâmico foram acompanhadas de assumidas rejeições de que uma religião pacífica como o Islão tenha sido sequestrada.

Adianta o The Washington Post que o massacre de Fort Hood no Texas em que um oficial americano de confissão muçulmana terá morto 13 de pessoas, seguido da proposta de construção de um Centro Islâmico perto do local onde foram erguidas as torres gémeas destruídas nos ataques terroristas, e também de uma série de detenções de terroristas há muito tempo a viver no solo americano, levaram com que os republicanos particularmente tenham alimentado as críticas em relação ao Islão. Desde então os conservadores têm objectado a construção de mesquitas, proibido a sharia e atacado versículos do al-Corão.

Hoje as discussões sobre o lugar do Islão e as obrigações dos muçulmanos foram promovidas para o Congresso e o jornal descreve que a audiência convocada pelo representante republicano do Estado de Nova Iorque, Peter King com o Comité de Segurança Interior do Congresso, poderá ser um momento chave numa das mais insultuosas conversas do país.

Não é a primeira vez que o Congresso americano inscreve na sua agenda a abordagem sobre o crescendo de terrorismo. O Senador independente Joseph Lieberman convocou 14 sessões semelhantes sobre o tema entre 2006 e 2009 e a sua colega dmeocrata de Jane Harman organizou seis outras sessoes.

A opinião pública acerca do Islão não mudou muito nos últimos anos, sublinha o The Washington Post. No passado Outono uma sondagem de opinião organizada pelo mesmo jornal concluiu que 31 por cento de americanos pensam que o Islão radical encoraja a violência, um pouco a abaixo dos 34 por cento que responderam afirmativamente a mesma questão em 2003.

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