Cabo Verde: PAICV critica Presidente da Republica

O PAICV partido que suporta o Governo no arquipélago cabo-verdiano não
tem digerido bem, a certas chamadas de atenção ao executivo, feitas
publicamente pelo presidente da Republica, Jorge Carlos Fonseca, que
como se sabe, foi eleito com o apoio da maior formação politica da
oposição o MPD.
Na primeira coabitação entre o chefe de estado e o executivo de
famílias politicas diferentes, o partido africano da independência de
Cabo Verde considera que Jorge Carlos Fonseca tem actuado com alguma
parcialidade, dando sinais de não ser o presidente de todos os
cabo-verdianos.
Segundo o secretario-geral do PAICV, Armindo Maurício, o presidente da
República tem focalizado atenção apenas nas acções e responsabilidades
do Governo, esquecendo-se que as Câmaras municipais devem igualmente,
desempenhar papel importante na implementação de politicas, que
contribuam para a melhoria das condições de vida das populações.
Nas visitas que efectuou recentemente aos Conselhos de São Domingos e
Ribeira Grande de Santiago e ilha de Santo Antão, o mais alto
magistrado da nação, chamou atenção para a necessidade do Governo
reforçar os mecanismos que permitam reduzir a pobreza e criar empregos
sobretudo para a camada jovem, sem esquecer outras questões
importantes para a vida do país.
As chamadas de atenção do presidente são normais e se enquadram dentro
das competências do chefe de estado, defende o responsável da casa
civil da presidência.
Manuel Faustino afirma que Jorge Carlos Fonseca como grande conhecedor
da constituição, vem exercendo uma magistratura activa, dando atenção
as preocupações levantadas pelas populações, o que ainda não é bem
digerido por alguns, já que o país vive pela primeira vez, a
experiência de coabitação Presidente e Governo de famílias politicas
diferentes.
Quem também não vê com alarmismo os reparos que o presidente vem
fazendo, é o analista político Corsino Tolentino.
Para o antigo ministro da Educação na primeira República, Jorge Carlos
Fonseca tem exercido a sua magistratura de forma normal.
O analista político, Corsino Tolentino, espera que o presidente
continue a exercer as suas funções de forma activa, ouvindo os
cidadãos e apontando sempre, ideias válidas, que permitam ajudar a
resolver os problemas das populações e do país.
No entanto, Corsino Tolentino considera que é de suma importância, que
cada órgão de soberania respeite escrupulosamente os poderes e limites
consagrados na constituição, a “ carta magna”.