Links de Acesso

Dois polícias da Huíla matam as suas mulheres


Dois polícias da Huíla matam as suas mulheres
Dois polícias da Huíla matam as suas mulheres

Crimes passionais geram debate sobre porte de armas por polícia fora das horas de serviço

Dois casos de homicídio voluntário envolvendo elementos da polícia nacional estão a mexer com a sociedade na província da Huíla.

Juliana Wimbo de 37 anos de idade encontrou a morte a tiro na sequência de um desentendimento que terá tido com o esposo, Faustino Tchiwaco, subchefe de patente no departamento de recursos humanos do comando provincial da polícia.

O mesmo ocorreu com Isabel Samuel de 25 anos que foi encontrada sem vida em casa, morta pelo fuzil do próprio marido que segundo versões por cá veiculadas, não se encontrava na residência, mas que a autoria do crime é atribuída a Guilherme Samunga Tchipa investigador da polícia.

Razões passionais estarão por detrás dos homicídios, as alegações que segundo a polícia local continuam sob investigação.

O porta-voz do comando da Huíla da polícia, superintendente chefe, Paiva Tomás, qualifica de isolados os dois casos, pelo que o nome da corporação não sai manchado.

“Este não é um caso que mereça um tratamento especial porque não advém daquilo que são normas comportamentais da polícia, advém de um comportamento pessoal do cidadão a polícia por si só já tem normas já tem regras. Eu diria ao senhor jornalista que só o facto de sair a rua sem boina na cabeça sem cobertura constitui indisciplina punível quanto mais o uso de uma arma? Seria um caso muito grave! Portanto o caso dos indivíduos está sendo tratado criminalmente posteriormente ou paralelamente a isso haverá um tratamento disciplinar baseando-se no regulamento disciplinar da polícia.”

As duas mortes vieram trazer o debate a volta do porte das armas de fogo, numa altura que o país assiste o desarmamento da população civil.

Paiva Tomás garante que no caso dos agentes da polícia, estes estão autorizados por lei a serem portadores de armas para segurança pessoal;

“Os polícias estão autorizados, estão autorizados a ter armas porque no exercício da sua função usam armas, eu pessoalmente tenho uma arma indivíduos a determinadas categoria é sê-lhes apresentadas armas, claro não são armas de guerra! São armas de segurança pessoal nomeadamente pistolas, a pistola é algo atribuído até a agentes em serviço, agora o procedimento individual do cidadão não tem a ver com aquilo que são normas na polícia.”

Uma das vítimas do infausto acontecimento foi a enterrar nesta quarta-feira.

Os presumíveis autores dos crimes, Guilherme Tchipa, encontra-se a contas com a justiça enquanto Faustino Tchiwaco que tentou o suicídio depois de matar a esposa está sob os cuidados médicos numa das unidades hospitalares da cidade do Lubango.

XS
SM
MD
LG