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Moçambique: Raptos alarmam comunidade asiática


Moçambique: Raptos alarmam comunidade asiática
Moçambique: Raptos alarmam comunidade asiática

No último mês já se registaram 15 casos de raptos de moçambicanos de ascendência indiana ou paquistanesa.

A comunidade asiática residente em Moçambique está a viver momentos preocupantes devido à vaga de raptos de cidadãos de origem indiana e paquistanesa particularmente na cidade do Maputo.

Os últimos casos deram-se nesta segunda-feira, na cidade do Maputo, com o rapto de Gulzar Sattar, um conhecido empresário com vários empreendimentos ligados aos ramos de comércio e hotelaria, juntamente com o seu sobrinho, conhecido por Abdul Cadir.

Segundo informações de fontes próximas da família destas últimas vítimas os sequestradores exigem um milhão de dólares para a sua libertação.

Desde os finais do ano passado, altura em que apareceram em público os primeiros casos de raptos, já se fala de cerca de 15 casos registados, contudo, devido aos seus contornos, continua difícil obter confirmações, uma vez que o medo, resultante das alegadas ameaças sofridas e a insegurança a que se dizem expostas, as famílias das vitimas optam pelo silêncio.

Através de uma carta enviada a alguns órgãos de informação nacionais a comunidade asiática mostra-se alarmada com a prevalência dos casos e lança fortes acusações às autoridades nacionais.

Na referida carta anónima, a comunidade asiática suspeita mesmo do envolvimento de altas patentes da polícia moçambicana.

O porta-voz da comunidade muçulmana, Abdul Carimo Sau, considera que pelo número de casos já reportados, há motivos mais do que suficientes para que a polícia tome uma atitude mais séria sobre o assunto.

Numa entrevista publicada no semanário “Canal de Moçambique” , o comandante geral de polícia, George Khalau, admite a ocorrência de alguns raptos, mas afirma que em alguns casos se pode tratar de simulação das próprias vítimas para expatriar dinheiro.

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