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Economia domina discurso de Obama sobre o Estado da União


O discurso do Estado da União é proferido em sessão plenária das duas Câmaras do Congresso.
O discurso do Estado da União é proferido em sessão plenária das duas Câmaras do Congresso.

A alocução irá focar os esforços para criar postos de trabalho e aumentar a competitividade dos Estados Unidos a nível global e também sobre os passos tomados para reduzir o deficit orçamental e a dívida nacional.

25 Jan 2011 - O presidente Barack Obama profere hoje o seu discurso sobre o Estado da União. A alocução irá focar os esforços para criar postos de trabalho e aumentar a competitividade dos Estados Unidos a nível global e também sobre os passos tomados para reduzir o deficit orçamental e a dívida nacional.

Em contraste com o seu primeiro discurso sobre o Estado da União, no ano passado, Obama enfrenta uma mudança marcada do cenário político, com os Republicanos em forte maioria na Câmara dos Representantes.

Embora largamente simbólica, a votação na semana passada naquela Câmara para revogar a lei sobre a reforma dos cuidados de saúde, assinalou o que analistas políticos vêm como o início de dois anos de esforços dos Republicanos para enfraquecer o presidente e os Democratas com vista às eleições gerais de 2012.

Numa mensagem a apoiantes no fim-de-semana, o presidente Obama abordou um dos principais tópicos do seu discurso sobre o Estado da União – a necessidade, apesar de algumas melhorias na economia, de por os americanos de volta ao trabalho:

“O meu foco principal, o meu foco número um, é garantir que somos competitivos, que estamos a crescer e estamos a criar postos de trabalho não apenas agora mas também no futuro", disse o Presidente.

Barack Obama deverá regressar a um tema de que falou frequentemente no ano passado – a necessidade de manter investimentos na educação, inovação técnica e científica e infra-estruturas públicas.

Mas, como disse segunda-feira aos jornalistas o secretário de imprensa da Casa Branca, Robert Gibbs, Obama será frontal sobre decisões duras que terão de ser tomadas, requerendo a cooperação entre Democratas e Republicanos, para reduzir o deficit do orçamento federal e reduzir a dívida nacional a longo prazo.

“Não vamos ter um debate em Washington sobre se precisamos de fazer algumas mudanças e se precisamos de controlar as nossas despesas", declarou, proseguindo: "Vamos ter, esperamos, uma discussão bipartidária e trabalhar juntos sobre como vamos fazer isso.”

Analistas dizem que embora o presidente Obama esteja a construir uma imagem centrista, preparando-se para forjar compromissos significativos com os Republicanos sobre impostos e assistência aos desempregados, o caminho não será fácil.

Os Republicanos prometeram manter as despesas governamentais aos níveis de 2008. Pouco antes do discurso sobre o Estado da União, está prevista a votação de uma resolução não vinculativa exigindo reduções orçamentais nos programas não relacionados coma segurança.

A maior batalha envolvendo despesas começa no próximo mês quando a administração apresentar ao Congresso, nas palavras de Gibbs, “um muito detalhado” orçamento..

O presidente Obama vai proferir o discurso sobre o Estado da União com uma melhoria significativa nos seus índices de aprovação pública, com varias sondagens a mostrar esses índices acima dos 50 por cento.

Como sinal simbólico de cooperação, vários Democratas e Republicanos vão-se sentar lado a lado na Câmara dos Representantes durante o discurso.

Sobre politica externa, o presidente Obama deverá falar sobre a guerra no Afeganistão e os progressos que estão a ser feitos. Espera-se também que Obama reitere a determinação dos Estados Unidos de derrotar e desmantelar a al-Qaida e outros grupos extremistas.

A NATO, de que os Estados Unidos fazem parte, concordou em transferir em 2014 todas as responsabilidades de segurança no Afeganistão para as forcas afegãs. Obama irá muito provavelmente prestar tributo aos sacrifícios dos soldados americanos no Afeganistão e Iraque e reiterar o objectivo de começar a retirar tropas americanas do Afeganistão em Julho deste ano.

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