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China e EUA concordam em discordar sobre vários temas globais


China e EUA concordam em discordar sobre vários temas globais
China e EUA concordam em discordar sobre vários temas globais

Com o aproximar da visita de Hu Jintao a Washington, as relações bilaterais voltam a estar na ordem do dia

10 Jan 2011 - Numa altura que o presidente chinês Hu Jintao prepara-se para visitar os Estados Unidos, esforços estão a ser feitos para que os desacordos entre os dois países não afectem as relações bilaterais.

Os títulos dos jornais nos últimos 10 anos têm sido dominados por tópicos que evidenciam esses diferendos e oposições.

O ano de 2010 foi um ano difícil para as relações China – Estados Unidos, com mais desacordos que acordos.

Apesar da fricção, os dois países comprometeram-se em melhorar as relações bilaterais. Esta visão, como foi descrita há um ano pelo embaixador americano na China, Jon Huntsman, é ainda o princípio orientador das relações Estados Unidos – China.

“Enquanto o ambiente for de desafios, vamos ouvir comentários de ambos lados acerca de áreas em que concordamos e das discordamos. Penso que ninguém ira dizer o contrário. A dimensão das relações vai depender das nossas capacidades em por de lado essas diferenças.”

Um dos pontos dos desacordos, tem a ver com os direitos humanos. A imprensa chinesa alega que o Premio Nobel da Paz atribuído ao encarcerado dissidente Liu Xiaobo, foi um deliberado insulto orquestrado por países ocidentais como os Estados Unidos.

O governo americano está igualmente a acompanhar o caso de Xue Feng, um americano de origem chinesa, condenado a oito anos de prisão por espionagem. O chefe-adjunto da missão da embaixada americana em Pequim, Robert Goldberg, fez parte do grupo que se concentrou diante do tribunal em finais de Novembro exigindo o recurso da sentença.

“Fizemos um pedido formal para termos acesso a audiência do julgamento e para darmos ao Xue todo o apoio consular baseado na Convenção Consular Estados Unidos – China de 1980. O Alto Tribunal do Povo de Pequim rejeitou o pedido e sem explicações.”

Washington e Pequim têm igualmente percepções contrárias em relação a Coreia do Norte, que bombardeou em Novembro passado uma ilha da Coreia do Sul, matando 4 pessoas. Os Estados Unidos têm apelado a China para fazer mais no sentido de colocar em rédeas o regime de Pyongyang o seu aliado de longa data. A China por sua vez acusou os exercícios militares dos Estados Unidos e da Coreia do Sul de estarem a aumentar tensões na região.

Pequim apelou os seis países envolvidos nas discussões para o desarmamento nuclear da Coreia do Norte, para juntos resolverem a crise na península coreana.

As taxas de câmbio e os incentivos chineses ao comércio com os Estados Unidos são a outra parte da discórdia. Muitos críticos americanos acusam a China de aplicar políticas que dão vantagens a sua economia, enquanto continua desvalorizando a sua moeda. Especialistas em relações sino-americanas afirmam que a visita este mês do presidente chinês à Washington é parte dos esforços para encontrar um acordo comum em algumas questões, e na busca de entendimento para os casos onde ainda existem desacordos.

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